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Polícia Terça-feira, 28 de Setembro de 2021, 12:37 - A | A

Terça-feira, 28 de Setembro de 2021, 12h:37 - A | A

NA STUDIO Z

Jovem denuncia supervisor por ataques racista e homofobicos

Mak Lucia

Repórter | Estadão Mato Grosso

Mais um caso de racismo envolvendo a empresa Studio Z Calçados vem à tona nesta terça-feira, 28 de setembro.

João Gabriel Guimarães, 20 anos, denunciou a empresa na última sexta-feira, 24 de setembro por racismo e homofobia praticado pelo supervisor da loja em que trabalhava, localizada na avenida 13 de junho em Cuiabá. Nas redes sociais, o jovem fez um desabafo sobre o ocorrido.

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Em sua postagem o jovem diz que naquela data foi o dia que teve coragem para poder denunciar o fato, que se tornou corriqueiro na empresa e as brincadeiras de mau gosto eram feitas diariamente pelo supervisor.

“Só hoje tive coragem, pois foi muito difícil eu conseguir denunciar ou falar sobre isso, pois estava arriscando perder o emprego e nessa pandemia não está sendo nada fácil serviço. Mas hoje finalmente consegui ir à justiça e ter a coragem de dizer que o supervisor da loja vinha fazendo brincadeiras homofóbicas, e até mesmo racial me chamando  de Macaco”, disse o jovem na postagem.  

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Em conversa com o Estadão Mato Grosso, o jovem disse que as agressões verbais, contra sua sexualidade e sua etnia começou duas semanas após sua entrada na empresa e, na maioria das vezes, as indiretas eram sempre feitas na frente dos demais funcionários.

“As brincadeiras de mal gosto, começou umas duas semanas depois que entrei, ainda no mês de julho. Eu nunca comentei antes com o gerente, por medo de perder o emprego”.

Quando o estopim estourou, rapaz chegou a procurar o gerente geral e relatar a ocorrência, porém, observou que ali não teria sucesso e nada aconteceria, pois, ele disse ao jovem que era para ele resolver a situação.

Mesmo dizendo ao supervisor que não estava gostando das brincadeiras, o homem continuou com as indiretas, e foi nesse momento que a vítima resolveu pedir demissão e procurar a delegacia da Polícia Civil e registrar a situação constrangedora que estava passando.

João estava trabalhando no local há apenas dois meses. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a denúncia.

Os casos de ataques contra a pessoa, parecem ser corriqueiros nas dependências das lojas. Em junho desse ano, um homem negro foi acusado de roubo em uma loja, localizada em um Shopping Center da capital.

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