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Judiciário Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 08:31 - A | A

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SERVIÇO ADIANTADO

MP pede liberação de faccionados presos para fazer perícia nas vozes

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu na justiça que os acusados Ingridi Jociele Silva Beche e Ederson Antunes Lopes, vulgo “Playboy” ou “Samurai”, fossem liberados para realizar exames periciais na voz. A outra opção do MPMT foi pedir as gravações dos interrogatórios dos acusados para conseguir comparar as vozes dos presos com os aúdios colhidos durante a investigação. O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, não liberou os presos, mas encaminhou as gravações dos interrogatórios para a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) realizar o exame de comparação de voz.

“Dessa forma, ciente do ofício encartado ao Id 159683442, oficie-se à Politec, juntamente com o envio das mídias dos interrogatórios dos réus Ingridi Jociele Silva Beche e Ederson Antunes Lopes, para que informe se é possível a conclusão do trabalho pericial de confrontação de voz mediante utilização do interrogatório dos acusados, devidamente colhidos em áudio e vídeo e constantes nos Ids supramencionados”, decidiu.

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Caso as gravações encaminhas à Politec sejam utilizadas para a comparação das vozes, o magistrado pediu que a justiça fosse informada sobre a conclusão dos trabalhos e o resultado final da perícia.

A Politec havia agendado o dia 22 de julho para colher o áudio dos acusados, mas já sabendo que os acusados têm o direito de negar o pedido e não produzir provas contra si, Bezerra resolveu adiantar o serviço e enviar os áudios solicitados como segunda alternativa.

“Levando-se em consideração que os réus não são obrigados a produzir provas contra si, reputa-se prudente, na hipótese, antes do trâmite burocrático de se aferir a possibilidade de reservar sala no prédio do fórum da capital, intimar a Politec para informar se, com as mídias dos interrogatórios dos réus, é possível a escorreita realização dos trabalhos periciais, sem a necessidade de nova colheita de suas vozes, diligência que sequer são obrigados a realizar”, sustentou.

Os dois presos são acusados de serem integrantes do Comando Vermelho em Juína (745 km de Cuiabá). Sendo o PlayBoy apontado como um líder regional da facção criminosa. Ederson já foi condenado em julho de 2023 a 11 anos e 6 meses de prisão, com base nas provas extraídas do telefone.

Segundo o MPMT, o grupo agia desde 2019 no município. 

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