Réu confesso da morte de Quitéria dos Santos Costa, de 29 anos, Ricardo Oliver pediu transferência para uma penitenciária feminina em Mato Grosso. Ricardo é homem trans, cujo nome de batismo é Emanuelly Vitória Domingos de Oliveira, de 20 anos. Ele está preso em uma cadeia pública no município de Lucas do Rio Verde, após matar Quitéria com quatro golpes de faca, no dia 13 de maio, na sorveteria onde ela trabalhava.
Na última quinta-feira (15), o juiz Fábio Pettengill determinou que o Estado providencie uma vaga em unidade prisional adequada, bem como a transferência do acusado. Ricardo passou por audiência de custódia e está preso preventivamente. A decisão levou em consideração a gravidade do crime, a premeditação, o risco de fuga e o fato de ele ter tentado responsabilizar a vítima pela situação.
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Em depoimento, Ricardo confessou o assassinato e disse que manteve um relacionamento com Quitéria por dois anos, tendo se separado no final de 2024. Segundo ele, após o término, os dois se envolveram em diversas discussões, o que o teria motivado a cometer o crime. Ele declarou que só teria "paz" após matar a ex-companheira.
A decisão judicial também está alinhada com entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que presas transexuais e travestis com identidade de gênero feminino têm o direito de escolher cumprir pena em unidades prisionais femininas ou masculinas. Vale ressaltar, porém, que Ricardo tem identidade de gênero masculino.
