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Judiciário Terça-feira, 12 de Outubro de 2021, 15:00 - A | A

Terça-feira, 12 de Outubro de 2021, 15h:00 - A | A

51 MIL

Homem que procurava emprego em Shopping e foi acusado de furto é indenizado

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

A juíza da 11ª Vara Cível de Cuiabá, Olinda de Quadros Altomare Castrillon, determinou no último dia 04 de outubro que a Associação dos Camelos do Shopping Popular, que administra o Shopping Popular, que indenizasse em R$ 51,1 mil um homem que foi ao balcão do Sistema Nacional de Emprego em Mato Grosso (Sine-MT) que fica no local e acabou sendo humilhado e acusado de furto.

De acordo com decisão da magistrada, caso a associação não tenha em conta o valor da indeização, a busca por veículos em nome da Associação dos Camelos por meio do sistema Renajud já foi autorizada.

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"Com a resposta negativa ou insuficiente, defiro o pedido e determino a realização de buscas por meio do sistema Renajud, para a localização de bens em nome da executada Associação dos Camelôs dos Shopping Popular e, caso sejam localizados, determino a imediata restrição dos mesmos. Postergo a apreciação dos demais pedidos. Sendo negativo o resultado da busca, intime-se a parte exequente para, no prazo de 05 dias, manifestar o interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito", diz parte da decisão da juíza.

Por estar em fase de de cumprimento de sentença, cabe somente a negociação sob os termos do pagamento, no caso da indenização por danos morais.

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O caso:

Em agosto de 2017 a vítima estava sentada em um dos bancos do Sine aguardando ser chamado, quando foi abordado por um segurança do local. O segurança estava acompanhado de três policiais militares. O autor das acusações disse que a vítima teria furtado uma motocicleta no estacionamento do Shopping Popular.

Os policiais checaram as imagens de segurança e não identificaram o suspeito participando do furto, mesmo assim, o segurança insistiu com a denúncia. O proprietário da motocicleta furtada também citou que não era o acusado que havia furtado a sua motocicleta.

O segurança tentou mudar sua versão dizendo que o suspeito estaria dando apoio ao ladrão.

"Ao ver as imagens, os policiais constataram que não havia qualquer semelhança entre este e a pessoa filmada cometendo a situação delituosa, quando o policial informou ao segurança não ser possível a prisão do autor. Porém, nesse momento, sustenta que o segurança mudou sua versão e afirmou ser o autor o comparsa do crime cometido, e não o autor, pedindo para que fosse feito um reconhecimento por parte da vítima, o que ocorreu no local, frente aos presentes, quando a vítima negou a sua participação", diz trecho do processo.

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