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Judiciário Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 00:35 - A | A

Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 00h:35 - A | A

OPERAÇÃO ZIRCÔNIA

Grupo criminoso realizou falsa formatura no Hotel Fazenda; bando faturou R$ 1 milhão

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

A operação Zircônia deflagrada pelo  Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta quinta-feira (27) desvendou um mundo de mentiras praticadas por um grupo criminoso que com a venda de 130 diplomas universitários falsos, faturou aproximadamente R$ 1 millhão.

As vítimas que se matricularam na Faculdade Poliensino, MC Educacional e Polieduca, pagavam em torno de R$ 7 mil pelos cursos que não tinham autorização Ministério da Educação (MEC) e ao final recebiam o diploma de formação. Para ludibriar os estudantes, os criminosos utilizavam ilegalmente o nome do Centro Universitário Internacional (Uninter), instituição de ensino com sede em Curitiba (PR).

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“Os investigados mesmo sem o devido credenciamento junto ao Ministério da Educação (MEC), para ministrarem cursos superiores, ofertavam e ministravam cursos, com rubrica de cursos superiores, de forma ardilosa e fraudulenta, sob argumento que o certificado seria concedido ao final, pela Instituição de Ensino Superior – IES parceira ”, diz parte da decisão da juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que autorizou a operação.

A equipe do Gaeco cumpriu 19 mandados de busca e apreensão, sendo 16 mandados contra pessoas e três mandados contra as falsas instituições que mantinham sede no bairro Goiabeiras. Outro fato citado pela juíza, foi a realização de falsa colação de grau aos estudantes, para que o esquema ilícito não levantasse suspeita por parte das vítimas.

"Aduzem, ainda, que o suposto grupo criminoso também se valia de outros meios fraudulento, tais como a realização de colação de grau dos alunos em Hotel Fazenda, no intuito de sustentar as fraudes realizadas, fazendo os alunos crerem na ‘autenticidade’ dos documentos entregues, obtendo assim, expressiva vantagem ilícita, consistente nos pagamentos dos cursos”,  acrescentou a magistrada.

Além dos mandados de busca e apreensão, Ana Cristina autorizou oe bloqueio e sequestro de veículos e dinheiro nas contas dos investigados até o valor de R$ 910 mil, que foi o valor real obtido pelos criminosos com a "venda" dos 130 diplomas falsos.

 Outro lado

A Uninter que estava tendo seu nome usado ilegalmente pelo grupo criminoso, se pronunciou por meio de sua assessoria e detalhou que já havia feito uma notícia crime para às autoridades competentes. A instituição reforçou seu compromisso de oferecer educação de qualidade e segura para todos os seus alunos .

Confira a nota na íntegra abaixo:

"Sobre a Operação Zircônia, deflagrada nesta quinta-feira (27) e que resultou no desmantelamento de uma quadrilha que atuava na falsificação de diplomas de instituições de ensino superior, a Uninter esclarece que já tinha apresentado à autoridade competente notícia crime contra a falsificação de diplomas com a sua marca, adotando todas as ações jurídicas e institucionais necessárias para proteção de sua reputação e de seus alunos. A instituição reforça seu compromisso de oferecer educação de qualidade e segura para todos os seus alunos e de agir com firmeza contra aqueles que atuam para prejudicar a educação no Brasil."

 

 

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