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Geral Terça-feira, 12 de Agosto de 2025, 21:32 - A | A

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RUMO À COP30

Sesc Pantanal leva iniciativas das áreas naturais do Sesc ao Fórum Raízes do Amanhã

Além das três áreas de conservação do Sesc Pantanal, que somam 117 mil hectares, outras áreas foram criadas e são referências no Brasil em conservação da natureza e educação ambiental

Assessoria de Imprensa

Nos preparativos para a realização da COP30 no Brasil, o Sistema Comércio do Pará realizou em Belém (PA), o “Fórum Raízes do Amanhã – Diálogos do Sistema Comércio rumo à COP30”. O evento, gratuito, reuniu autoridades, pesquisadores, representantes da sociedade civil, artistas e lideranças indígenas e quilombolas para debater soluções sustentáveis, unindo ciência, cultura e saberes tradicionais da Amazônia.

A bióloga e gerente-geral do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, apresentou o case “Áreas Naturais Protegidas do Sesc”, com destaque para a atuação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, primeira reserva natural do Sesc. A criação da unidade ocorreu em 1997, logo após a Eco-92, como uma iniciativa pioneira e concreta do sistema CNC-Sesc-Senac em resposta ao chamado global pela conservação ambiental.

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"A criação de unidades de conservação é uma das principais estratégias para esse enfrentamento e mitigação dos efeitos imprevisíveis, já que precisamos proteger o que já temos de área natural, mas também regenerar outras áreas", comenta.

Cuiabália apresentou um panorama dos 28 anos de atuação da RPPN Sesc Pantanal, que é a maior do país e uma referência internacional em conservação, por aliar pesquisa científica, ecoturismo e educação ambiental, conectando comunidades, visitantes e pesquisadores à importância do bioma pantaneiro.

“Uma das grandes ameaças a essa área são os incêndios florestais, que possuem diversas causas, entre elas, as mudanças climáticas”, pontuou a gerente, chamando a atenção para os desafios crescentes na proteção da biodiversidade diante das emergências climáticas.

Áreas naturais do Sesc Pantanal

O Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, possui três áreas de conservação, que somam 117 mil hectares: a RPPN Sesc Pantanal e o Parque Sesc Baía das Pedras, ambas no Pantanal, e o Parque Sesc Serra Azul, localizado no Cerrado mato-grossense.

Localizada em Barão de Melgaço (MT), a RPPN Sesc Pantanal abriga mais de 250 espécies de plantas e mais de 630 espécies de animais, incluindo mais de 20 exemplares da fauna que estão ameaçadas de extinção como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira e o lobo-guará. A área também é referência em pesquisas. São mais de 500 publicações científicas, com participação de pesquisadores e instituições de diversos países.

Reconhecida internacionalmente como Sítio Ramsar e Zona Núcleo da Reserva da Biosfera desde 2002, a RPPN presta serviços ecossistêmicos essenciais como a purificação da água, contenção de processos erosivos, sequestro de carbono e regulação do clima.

Também localizado no bioma, o Parque Sesc Baía das Pedras é voltado à conservação, unindo lazer, cultura, educação ambiental e pesquisa científica em uma área de 4.200 hectares, que possui lagos, trilhas, área de soltura de animais silvestres e baias. É também onde está instalado o Aeródromo do Sesc Pantanal e a Base de Estudos Avançados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na área, já foram encontrados nove animais ameaçados de extinção, como a onça-parda e o cervo-do-Pantanal.

No Cerrado fica o Parque Sesc Serra Azul com mais de 5.000 hectares, localizado no município de Rosário Oeste (MT), onde também se encontra um dos principais atrativos da região de Nobres, a Cachoeira Serra Azul. A presença da onça-pintada e do gavião-real, é um dos principais indicadores da importância da área para a conservação da biodiversidade no bioma. Desde a sua criação, o parque já registrou 15 espécies ameaçadas de extinção, entre elas o cachorro-do-mato-vinagre e o tatu-canastra.

COP 30

A COP 30 será realizada este ano no Brasil e entre os principais temas previstos para serem debatidos no evento estão: redução de emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, preservação de florestas e biodiversidade, justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas. A expectativa é receber 40 mil pessoas de todo o mundo.

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