Empresas que comercializam grãos em Mato Grosso estão estocando milho “a céu aberto” em razão do déficit de armazenagem. O problema é recorrente, mas neste ano é agravado pela comercialização lenta da soja e uma 'supersafra' com 103 milhões de toneladas de soja e milho, conforme números do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Os armazéns de Mato Grosso têm capacidade de estocar apenas metade da safra de grãos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a capacidade de armazenagem do estado é de apenas 52,31 milhões de toneladas. Porém, só a produção de milho deste ano já supera essa capacidade, já que a previsão é colher 54,02 milhões de toneladas do cereal.
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A colheita do milho caminha para sua reta final. O Imea aponta, em relatório divulgado nesta sexta-feira, 1º de agosto, que os agricultores já colheram 99,91% da área plantada. A produção nesta temporada deve ser quase 15% maior que na safra 2023/24, quando Mato Grosso teve frustração de safra. Já em relação à 2022/23, em que a safra foi 'normal', o aumento foi de quase 3%.
Ainda conforme o Imea, a colheita da safra chegou ao fim em quase todas as regiões do estado, com exceção da Sudeste, que está em 99,48%. “O cenário torna-se ainda mais desafiador diante do atraso nas vendas da soja 24/25, o que intensifica a disputa por espaço nos armazéns e gera gargalos no escoamento”, alertou o Imea, ainda no início da colheita.
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