O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adiantou a um grupo de apoiadores que o preço do diesel deve aumentar em breve. O reajuste deve ocorrer, segundo ele, por causa dos recentes aumentos no preço do gás, no Reino Unido, e na gasolina, nos Estados Unidos. O presidente ainda alegou que não pode “fazer milagre” para segurar o aumento do combustível. A conversa foi registrada nesta noite de segunda-feira, 27 de setembro, e publicada no canal Foco do Brasil, apoiador de Jair.
“Não dá pra fazer milagre! Eu não sou dono da Petrobras. Eu não posso falar “não aumenta”. Nove instituições regulam a Petrobras. A última lei da paridade é de 2015, 2016. Subiu lá fora o petróleo, subiu o dólar e aqui o aumento é automático. É coisa que não tem como resolver a curto prazo esse negócio. O pessoal está insatisfeito? Está! Inclusive, estamos há três meses sem reajuste. Vai ter um reajuste daqui a pouco e não vai demorar”, disse o presidente.
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Momentos antes, Bolsonaro afirmou que o gás aumentou 300% no Reino Unido e que a gasolina subiu cerca de 40% nos Estados Unidos. O presidente também alegou que a pandemia da covid-19 desajustou a economia.
Ainda sobre o preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que ingressou com uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) para regularizar a cobrança do Imposto sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Ao concluir sua justificativa para o aumento no preço do diesel, o presidente culpou o Partido dos Trabalhadores (PT) por desestabilizar a estatal.
“Vai ter [aumento]. Agora, eu não posso fazer milagre. Quem quebrou a Petrobras? Quebrou não, né?! Porque petrolífera não quebra. Quem arrebentou com a Petrobras foi o PT, mais de R$ 200 bilhões com refinarias que não aconteceram... a conta pra quem bota combustível no carro pagar”, acusou.
O último reajuste no preço do diesel foi realizado no mês de julho, quando teve aumento médio de 10 centavos, com comercialização a preço médio de R$ 2,81 nas refinarias.