O alívio nos preços dos combustíveis parece ter chegado ao limite nos postos de Mato Grosso, aponta o mais recente relatório da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Levantamento de preços feito pela agência constatou que a gasolina teve um aumento médio de 5 centavos, o diesel subiu 4 centavos e o etanol teve a elevação mais expressiva: 16 centavos.
Os dados foram coletados pela agência até o último sábado (7) e comparados com os da semana imediatamente anterior.
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De acordo com a ANP, o óleo diesel S10 está sendo vendido em Mato Grosso por um preço médio de R$ 6,77, enquanto o preço mínimo é de R$ 6,47 e o máximo de R$ 7,28.
Já os preços da gasolina, mensurados pela ANP, são de R$ 4,84 no preço médio, R$ 4,65 no preço mínimo e máxima de R$ 4,99. Enquanto isso, o etanol tem um preço médio de R$ 2,97, mínimo de R$ 2,87 e máximo de R$ 2,99, segundo a ANP, entretanto, nesta semana alguns postos de Cuiabá já vendem o biocombustível por R$ 3,19.
A boa notícia para os motoristas é que o preço médio do etanol mantém equivalência de 61% para o preço do litro da gasolina, continuando uma opção mais econômica.
O etanol, que não tem relação direta com a Petrobras, encontrou seu menor preço do ano no dia 17 de setembro, sendo negociado por um preço médio de R$ 2,88. Porém, com a chegada do fim da moagem de cana-de-açúcar, as usinas estão com maior capacidade de armazenamento, portanto, sem a necessidade de fornecer o produto a preços muito baixos em razão da falta de capacidade de armazenagem.
ETANOL NA INDÚSTRIA
O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgado na última sexta-feira (7), apontava um aumento de 3% no preço do metro cúbico durante a última semana. A medida equivale a mil litros do combustível.
O álcool combustível encontrou seu menor preço na indústria na terceira semana de setembro, quando o metro cúbico era negociado a R$ 2.489,40. Desde então, acumula alta de 7,11%, sendo negociado na última semana por R$ 2.666,72.
COMBUSTÍVEL FÓSSIL
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) causou uma explosão de preços na última semana ao anunciar o corte de 2 milhões de barris de petróleo por dia, o que corresponde a cerca de 2% da oferta mundial do petróleo.
Antes das ameaças de corte, o preço do barril tipo Brent era negociado a US$ 85. No entanto, o mercado já vinha reajustando preços diante da possibilidade de redução, o que veio a ser confirmado na última quarta-feira (5). Após o anúncio, o preço disparou e o barril chegou a atingir US$ 97 na manhã desta segunda (10).
Entretanto, especialistas do setor avaliam que a Petrobras não deve acompanhar essa instabilidade no mercado mundial por três motivos: a pressão política para não haver aumento durante o período eleitoral, oferta de mais de 65 milhões de litros de diesel russo que chegou no Brasil na última semana, e a companhia não costuma repassar esses movimentos especulativos às distribuidoras e, por consequência, aos consumidores.
Por outro lado, quem compra o diesel e gasolina do exterior por preços mais elevados que os praticados pela Petrobras não tem outra opção a não ser aumentar os preços aos consumidores, o que justificaria o aumento dos combustíveis em alguns postos.