Com 1,18 milhão de toneladas de soja esmagada em julho, Mato Grosso bate recorde para o mês. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou, na segunda-feira, 11 de agosto, que o esmagamento da oleaginosa teve um crescimento 3,61% em comparação com junho de 2025 e de 12,07% em relação a julho de 2024. Segundo o Imea, o volume aumentou, pois as indústrias esmagadoras estavam em pausas programadas em junho.
“Segundo informantes do Imea, esse aumento no volume processado está relacionado à maior demanda por óleo de soja no estado, além da retomada das indústrias esmagadoras após pausas programadas para manutenção no mês anterior”, apontou.
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Apesar da alta na quantidade do esmagamento para o mês de julho, o valor do produto não acompanhou a demanda, houve uma queda de 14,93% no valor arrecadado devido ao reflexo da redução nas cotações do farelo do produto, em junho, que é o subproduto resultado do esmagamento. Com isso, julho encerrou com a média de arrecadamento de R$ 433,78 por tonelada.
Já na primeira semana de agosto, o preço da soja em Mato Grosso valorizou 0,94%, atingindo a média de R$ 117,31 por saca, equivalente a 60 kg.
Além disso, o boletim semanal aponta que até o momento, de janeiro a julho 2025, Mato Grosso já levou 7,9 milhões de toneladas de soja para o esmagamento, aumento de 3,77% em relação ao mesmo período do ano que vem. O valor aumentou devido à supersafra de 103 milhões de toneladas de soja e milho. Com isso, o Imea projeta que em 2025, a quantidade de soja esmagada alcançará um novo recorde ao estado.
“A projeção do Imea indica que, em 2025, o total de soja esmagada no estado deverá atingir 12,99 mi de toneladas. Caso se confirme, será um novo recorde para o processamento em MT”, projeta.
COMERCIALIZAÇÃO
A venda da safra 24/25 atingiu 88,72% do total da produção em julho, registrando um avanço de 6,79 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês de junho. Os preços atrativos aliado a maior demanda do produto impulsionou as vendas da safra, entretanto, os pontos percentuais ainda ficam 1,66 abaixo da média dos últimos 5 anos para o mês de julho.
Com a aproximação do fim do vazio sanitário, que durou de 8 de junho e finaliza em 6 de setembro, os produtores já iniciaram as negociações para a safra 25/26. Apesar de as negociações em julho estar 22,49% superior ao mês de junho, o ritmo ainda é tímido comparado ao mesmo período dos anos anteriores. A justificativa para a comercialização estar retraída são os preços menos atrativos.
“Assim, em julho de 2025, as vendas cresceram 4,99 p.p. em relação ao mês anterior, alcançando 22,49% da produção estimada. Apesar do volume comercializado no mês, o percentual está entre os ritmos mais baixos da série histórica para o período, reflexo de preços menos atrativos nesta temporada. Por fim, no que tange ao preço médio negociado, este ficou em R$ 109,22/sc, alta de 2,33% ante jun/25”, apontou boletim.