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Economia Sábado, 19 de Novembro de 2022, 07:28 - A | A

Sábado, 19 de Novembro de 2022, 07h:28 - A | A

A CONTA-GOTAS

Mesmo sem reajuste da Petrobras, preços dos combustíveis disparam nos postos

Petroleira está há 78 dias sem alterar preços nas usinas, apesar da defasagem nos valores em comparação com o mercado internacional

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Petrobras completa 78 dias, neste sábado (19), sem realizar reajuste no preço da gasolina e 60 dias sem alterar o preço do óleo diesel. A companhia já vinha segurando os preços durante a eleição, mesmo com o petróleo disparando no mundo.

Mesmo sem reajustes oficiais, o preço do óleo diesel tem apresentado alta nos postos de Cuiabá, conforme dados semanais da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Após o último reajuste, no dia 20 de setembro, o derivado do petróleo era vendido por R$ 6,73. Já no levantamento mais recente, ele estava em R$ 6,81.

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A gasolina também apresentou variações. Ela chegou a custar R$ 5 nos postos da Capital, mas caiu para R$ 4,90 após a última redução, no dia 2 de setembro, e chegou a custar R$ 4,79 nas semanas seguintes. No entanto, a gasolina voltou a apresentar altas e já é vendida novamente próximo dos R$ 5.

Nesse período, o barril de petróleo se aproximou dos US$ 90 e o diesel, que é importado, chegou a ficar R$ 1,62 mais caro para os distribuidores que dependem da importação.

Já nessa sexta (18), o barril de petróleo do tipo Brent, usado como referência de preços pela Petrobras, estava em US$ 87, frustrando a expectativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que pretendia fazer o preço do barril chegar a US$ 100.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o óleo diesel comprado no mercado internacional está 7% mais caro, o que representa defasagem de 38 centavos.

Já a gasolina tem defasagem entre 2 e 10 centavos, cerca de 3% mais cara. Os dados levaram em consideração o preço do barril em US$ 89 e o câmbio em R$ 5,34, registrados na quinta-feira (17). Entretanto, esses dois indicadores estão em queda nesta sexta.

A queda foi influenciada principalmente pelo risco de novo lockdown na China, devido ao aumento de casos de covid.

Além disso, a recessão econômica de grandes economias, como Estados Unidos e União Europeia, ameaça reduzir o consumo do combustível. Portanto, os preços começaram a reagir diante de uma oferta maior do que a demanda.

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