Dos reajustes salariais firmados em 2020 com os trabalhadores até o mês de outubro, 41% superaram o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e resultaram em ganhos reais aos profissionais.
Os dados, divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontam ainda que 31% dos aumentos negociados nos 10 primeiros meses do ano foram iguais ao indicador de inflação e os demais 28% ficaram abaixo do índice.
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De acordo com o levantamento, a maior parte dos reajustes acima da inflação trouxe ganhos de até 1% aos trabalhadores. Outros 18,3% tiveram alta salarial real de até 0,5% e 12,8% entre 0,51% e 1%.
Somente em outubro, 48% dos reajustes salariais analisados na data-base ficaram abaixo de 3,89%, percentual referente à inflação acumulada nos 12 meses anteriores.
Segundo o Dieese, o percentual de reajustes de outubro é quase 22 pontos percentuais superior ao apurado em setembro, o que indica, até o momento, o pior resultado das negociações em 2020.
"É possível esperar negociações mais difíceis em novembro, mês em que será necessário, até o momento, o reajuste mais alto do ano", destaca o Dieese ao analisar o salto recente da inflação.
0%
Em outubro, o percentual de reajustes iguais a 0% cresceu e correspondeu a 12,1% das negociações. Trata-se da terceira maior incidência no ano, atrás somente de maio (16,4%) e julho (12,6%).
No acumulado do ano, já são 676 reajustes iguais a 0%, que representam cerca de 9% do total. Ao longo de 2019 foram observados 39 reajustes salariais de 0%, o que corresponde a 0,3% do total analisado no ano.
Os dados apontam ainda que os reajustes iguais a 0% equivalem a quase um terço (33%) do total de negociações firmadas com ganho abaixo da inflação medida pelo INPC em 2020.