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Economia Sábado, 02 de Agosto de 2025, 19:30 - A | A

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FUTURO EM RISCO

Falta de jovens na suinocultura ameaça o futuro da atividade em MT, diz Imea

Produtores acumulam experiência, mas setor carece de jovens para garantir futuro

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A suinocultura de Mato Grosso enfrenta um paradoxo: enquanto os produtores são, em sua maioria, experientes e altamente qualificados, o envelhecimento da força de trabalho preocupa o setor. Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que 75,9% dos suinocultores do estado têm mais de 50 anos, sendo que a média de idade é de 56 anos.

A maior concentração de produtores está na faixa etária entre 50 e 59 anos, que representa 42,17% dos entrevistados. Em seguida, estão aqueles entre 60 e 69 anos (22,89%) e os com mais de 70 anos (10,84%). Já os mais jovens, com menos de 39 anos, representam apenas 7,23% do total de criadores.

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De acordo com o Imea, o dado indica acúmulo de experiência e maturidade na gestão das propriedades, mas também acende um alerta sobre a necessidade de planejamento para a sucessão familiar.

“A falta de novos suinocultores jovens e a presença de produtores mais velhos que permanecem ativos revelam que muitas propriedades podem enfrentar incertezas sobre a continuidade do negócio. A ausência de um plano de sucessão bem definido pode levar à descontinuidade de muitas granjas familiares, impactando a cadeia produtiva de suínos”, diz o relatório.

Em contrapartida, o setor é marcado por elevado nível de escolaridade. O estudo aponta que 43,37% dos suinocultores possuem ensino superior completo e 8,43% têm pós-graduação (MBA, mestrado ou doutorado). De acordo com o Instituto, esse perfil favorece a adoção de tecnologias, práticas modernas de manejo e maior compreensão das políticas agrícolas e econômicas.

Ainda assim, uma parcela dos produtores (6,02%) não concluiu o ensino fundamental, o que demonstra certa desigualdade educacional no setor.

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