Com a disparada do etanol nas últimas semanas, o biocombustível tem se tornado menos competitivo frente a sua concorrente, a gasolina, nos postos da Capital. Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), quando considerado os preços médios, o etanol não é vantajoso em nenhuma das capitais.
O álcool-combustível só é vantajoso para os motoristas quando o preço corresponde a menos de 70% do preço do litro da gasolina. Cuiabá é a capital onde o biocombustível mais se aproxima desse valor, 70,40%, já que o preço médio do etanol é de R$ 3,52 e o da gasolina, R$ 5. Os dados foram coletados até a última sexta-feira (25).
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Porém, caso o condutor tenha sorte em encontrar o etanol em seu menor preço, que segundo a ANP é de R$ 3,23, ele é mais vantajoso, já que o preço mínimo da gasolina nos postos de Cuiabá é de R$ 4,83. Nesse cenário, o preço do etanol corresponderia a 66,87% e MT seria um dos dois estados, junto com Sergipe (68,88%), onde o etanol vale a pena.
Nas usinas de Mato Grosso, o etanol se mantém praticamente estável nas últimas quatro semanas, aponta o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No primeiro levantamento de novembro, ele era vendido na indústria por R$ 2.948,72 o metro cúbico (equivalente a mil litros). Já no último do mês, ele era vendido por R$ 3.037,63, uma alta de pouco mais de 3%.
Já o preço da gasolina depende mais da Petrobras e do valor no mercado internacional, pois o Brasil precisa importar cerca de 10% do derivado do petróleo para atender a demanda interna. A Petrobras está sem reajustar a gasolina desde o dia 2 de setembro. De lá para cá, houve uma disparada no mercado internacional, mas voltou a cair.
Segundo o boletim da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina no mercado internacional é vendida nesta segunda-feira (28) 18 centavos mais barata, o que pode sinalizar que a Petrobras pode reduzir o preço em até 6%, caso o cenário, que está muito volátil nos últimos meses, se mantenha.