A capital mato-grossense e outras quatro cidades-polos do estado avançaram no Ranking de Competitividade dos Municípios em 2021. O levantamento está em sua 2ª edição e é realizado pelo Centro de Liderança Política (CLP). As classificações, divulgadas nessa segunda-feira (22), resultam de análises de dados sociais, econômicos e institucionais de 411 municípios do país, com população acima de 80 mil habitantes. Desse total, sete são de Mato Grosso.
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O desempenho de cada município é avaliado em pilares que vão do saneamento básico à inovação econômica. A qualidade dos serviços prestados à sociedade é o principal indicador do que cada localidade tem a oferecer e melhorar para sua população ou aos novos moradores.
A corrida pela competitividade entre os municípios de Mato Grosso apresentou avanços significativos no ranking geral. Apesar de ocupar posições intermediárias, Cuiabá, Tangará da Serra, Rondonópolis, Sinop e Cáceres estão em melhor posição na edição deste ano.
A melhora mais significativa foi registrada em Tangará da Serra, que subiu 55 posições ante o ranking anterior. Apesar do avanço, a cidade continua atrás de Cuiabá, que é a melhor colocada entre as cidades mato-grossenses (102º), após subir sete posições no ranking geral. Dos outros municípios analisados, Sinop e Sorriso mantiveram-se estáveis na lista, enquanto Várzea Grande caiu 14 posições.
A competitividade, sob a ótica da gestão pública, diz “respeito à capacidade de planejamento, articulação e execução por parte do poder público, em seus territórios de responsabilidade, na promoção do bem-estar social, atendimento às necessidades da população e geração de um ambiente de negócios favorável”, define a entidade.
Conforme os pesquisadores, o sistema de rankings possui grande potencial para alavancar a eficácia e a eficiência das políticas públicas, fornecendo um mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade das políticas públicas em cada município.
Para mapear a realidade de cidades com população acima de 80 mil habitantes, o ranking avalia três dimensões da gestão pública: institucional, sociedade e economia. Ao longo do processo de análises, cada uma dessas dimensões é detalhada em pilares e indicadores, com seus pesos específicos.
“Todas as três dimensões são fundamentais para a competitividade municipal e formam o tripé sobre o qual a sociedade deve constantemente buscar a melhoria da performance municipal”, destaca o estudo.
A dimensão sociedade possui o maior peso do ranking, com 42,4%, seguida pela dimensão economia (38,1%) e instituições (19,5%).
Um dos indicadores econômicos é o que tem maior peso no ranking. Trata-se da inovação e dinamismo econômico (16,1%). “A dimensão economia analisa o nível de competitividade olhando-se a capacidade de uma região em produzir bens e serviços, gerar emprego e renda, possuir uma economia inovadora e dinâmica, com bom ambiente de negócio, com infraestrutura básica para o desenvolvimento e uma mão de obra qualificada”, explica.
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Neste quesito, Cuiabá é considerada uma das cidades com potencial, ocupando a 35ª posição. Outros potenciais destacados no estudo deste ano são a inserção econômica, o acesso à educação e o capital humano. Porém, a cidade ainda tem desafios para melhorar: na qualidade da educação, telecomunicação e segurança.
O Ranking de Competitividade é uma ferramenta que busca pautar a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria de seus municípios. A partir da análise do conjunto de 13 pilares, o ranking fornece uma visão sistêmica da gestão pública estadual.
Dentre as propostas prioritárias do Ranking está ‘diagnosticar e eleger prioridades’. Segundo os responsáveis, ele é uma poderosa ferramenta de gestão. “O ranking fornece as bases para um diagnóstico preciso e auxilia os líderes públicos na construção de políticas públicas assertivas, além de auxiliar empresas e empreendedores a destinar seus investimentos para as localidades mais adequadas”.