A professora doutora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Inês da Silva Barbosa, que abandonou a Conferência Municipal do Sistema Único de Saúde (SUS), realizada em um hotel de Cuiabá nesta quarta-feira (30), após o prefeito Abilio Brunini (PL) vetar o uso de pronome neutro, afirmou que, ao utilizar o termo "todes" durante o evento, estava se referindo a toda a existência.
Ela disse ainda que seu projeto político é diferente do adotado pelo gestor da capital. Sobre a linguagem neutra, explicou que pretendia destacar a diversidade dos mais de 300 povos indígenas existentes no Brasil, os quais, segundo ela, ainda não se veem representados na política.
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"E a política de saúde diz que tem que haver acesso universal e igualitário. É um dever do Estado e direito de todos, todas e 'todes'. É disso que se trata, e não é simplesmente linguagem neutra. As pessoas dizem como querem ser reconhecidas. Não sou eu quem vai dizer se é ele, ela, menino ou menina. É isso que dá direito e voz a todos, todas e 'todes'", defendeu.
Ela completou: "As pessoas querem ser reconhecidas. Quando se tem a sigla LGBTQIA+, por que o '+’? Porque podem surgir outros grupos que digam: ‘eu não estou aí’. É disso que se trata. Eu não faço joguinho de palavras, eu estou sendo uma porta-voz", afirmou.
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