A secretária municipal de Ordem Pública, Juliana Palhares, afirmou que, embora não haja comprovação formal da atuação de facções criminosas nas ocupações irregulares em áreas públicas de Cuiabá, as denúncias e o padrão das invasões acendem um alerta sobre possível influência do crime organizado. A declaração foi dada na última terça-feira, 29 de julho.
Segundo a gestora, o tipo de ocupação identificado recentemente na invasão do bairro Jardim Imperador II se assemelha a métodos já registrados em outras cidades do país, como no Rio de Janeiro, onde facções utilizam estratégias para além da violência armada, como a oferta de serviços clandestinos à comunidade.
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“As facções criminosas não utilizam tão somente da criminalidade para domínio de território. Elas utilizam outras modalidades, como no Rio de Janeiro, por exemplo, através da prestação de serviços à comunidade por diversas formas: loteamento de áreas públicas, construções irregulares, fornecimento de gás, água, telefonia, internet, enfim”, explicou Juliana.
Ela informou ainda que o caso foi repassado à Polícia Civil e que a operação de desocupação mais recente contou com atuação conjunta de várias secretarias municipais. “Não há nenhuma informação robusta e comprovada da participação de facções, mas são inúmeras denúncias que chegaram através do nosso Web Denúncia e também pela Secretaria de Habitação. Foi um trabalho integrado”, afirmou.
Juliana também alertou a população sobre os riscos de adquirir terrenos ilegais. “Infelizmente, algumas pessoas são levadas a adquirir esses imóveis e investir seus recursos em construções que estão fadadas ao insucesso”, concluiu.
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