O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou na noite desta terça-feira (25) uma série de medidas emergenciais que serão tomadas para garantir o atendimento básico de saúde à população da capital. As medidas são necessárias porque faltam médicos em cerca de 10 unidades básicas de saúde, segundo levantamento divulgado pela Prefeitura.
A principal medida estudada é a contratação de uma empresa para prestação do serviço de atendimento básico de saúde até que seja encerrado o processo do concurso público da Saúde, o que deve acontecer em janeiro de 2023. Emanuel deixou claro que se trata de uma medida excepcional, até que a Prefeitura nomeie os novos médicos concursados.
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"Nós atendemos cerca de 10 mil pessoas por dia. Como é que a gente vai ficar sem médicos?”, indagou.
Além disso, a Prefeitura irá orientar as unidades básicas de saúde que estão em pleno funcionamento para atenderem os pacientes que não sejam de sua área de atuação. Ainda não foi informado quando essa norma entrará em vigor, mas Emanuel já deixou claro que será uma obrigação e orientou os cidadãos a denunciarem recusas no atendimento através do telefone da Ouvidoria do SUS em Cuiabá – 0800 645 7885.
"Se você for a uma outra unidade de saúde e não for atendido, denuncie! Meu compromisso é com você. [...] Espero que não haja nenhuma denúncia, mas se houver, não titubeie, denuncie", enfatizou.
Durante sua tradicional live de terça-feira, Emanuel explicou que a falta de médicos é uma consequência de uma normativa do Ministério da Saúde, que impede os médicos de trabalharem apenas em meio período, como faziam antes. Isso levou à queda dos salários dos médicos que atuam na atenção básica.
"Isso causou uma fuga né. Médico nenhum quer ir para a atenção primária. [...] Ficando o dia inteiro, ele vai trabalhar mais e ganhar menos. Nossa preocupação é que muitos que estão lá hoje estão querendo sair", afirmou Emanuel.
Segundo o prefeito, 134 médicos foram chamados para atuar na atenção básica, mas apenas 6 demonstraram interesse em ficar com a vaga. “E desses, só 2 ou 3 foram contratados”, lamentou.
Devido à falta de médicos, a Prefeitura também foi forçada a atrasar a entrega de novas unidades básicas de saúde, como é o caso da UBS Pascoal Ramos.