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Cidades Sexta-feira, 06 de Outubro de 2023, 14:41 - A | A

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BUZÃO DE OURO

Emanuel nega pedido da MTU para aumentar passagem de ônibus em Cuiabá

Prefeito pretende reduzir o valor

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Após o pedido da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU) para aumentar a tarifa de ônibus, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) descarta essa possibilidade. Na última quarta-feira, 4, a MTU sugeriu o aumento na tarifa e como justificativa usou a nova regra, que reduz o horário da faixa exclusiva de ônibus. O caso está sendo analisado pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), mas Pinheiro diz que está trabalhando para reduzir a tarifa na capital.

“Eu não penso em aumentar a tarifa, eu não sei quem é esse diretor que falou, mas ele falou pelos empresários, por conta deles tem aumento de tarifa todo mês né?! Então por isso que tem o Município para regular o sistema é o meu compromisso com a população cuiabana”, afirma.

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A nova regra para reduzir o horário da faixa exclusiva dos ônibus para 4h por dia foi publicada pela prefeitura no último dia 28 e causou descontentamento com os empresários. O gerente operacional da MTU, Marcos Assis, contou em entrevista à Rádio Tribuna que prevê o aumento na tarifa em Cuiabá, pois com a redução dos horários da faixa exclusiva o ônibus teria um desgaste maior para se locomover na capital.

Apesar de não querer aumentar a tarifa, Emanuel conta que reconhece que os insumos aumentaram, mas que subir o preço da passagem não resolverá o problema.

“Reconheço, teve muito aumento de diesel, teve muito aumento de combustível em geral, de insumos, a tarifa técnica é alta mesmo, é 8,23 e a tarifa em Cuiabá é 4,95, a diferença disso e quem paga é o contribuinte né?! Ou seja, é o subsídio que a capital dá, o que pesa bastante para a prefeitura também, mas a lógica é colocar mais passageiros dentro dos ônibus e não tirar. Se eu ficar aumentando tarifa, eu resolvo o problema por dois meses, mas tiro o passageiro de dentro do ônibus”, explica Emanuel.

Atualmente, cerca de 205 mil pessoas utilizam o transporte coletivo diariamente na capital e, apesar de ter 75% da frota de ônibus com ar-condicionado, que é indispensável em Cuiabá devido ao calor intenso, a tarifa ainda representa um valor muito alto no bolso dos cuiabanos que recebem um salário mínimo. Para uma pessoa que trabalha seis dias na semana, ao final do mês gastou em tarifa de ônibus o equivalente a aproximadamente 50 caixas de leite.

Na contramão dos empresários, Emanuel Pinheiro conta que está estudando reduzir a tarifa de ônibus até o final do mandato e já está se articulando com o procurador-geral da justiça Deosdete Cruz Junior e com o conselheiro Sergio Ricardo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A proposta é se tornar a primeira capital com a tarifa zero.

“Hoje a [tarifa] R$ 4,95 tem muita gente que não dá conta de ir para uma consulta médica, porque não tem R$ 4,95, ou seja, praticamente 10 reais para ir e voltar, pesa no orçamento da família cuiabana, pesa no orçamento dos mais humildes que dependem do transporte coletivo”, explica.

A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) afirmou, em nota enviada ao Estadão Mato Grosso, que há um pedido de reajuste de tarifa em andamento, mas que por enquanto não há indicativo de reajuste. Veja a nota na íntegra.

A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec-MT) realiza todo mês os estudos técnicos da tarifa técnica e da tarifa pública do transporte coletivo de Cuiabá.

Existe um processo com pedido de reajuste da tarifa pública em andamento. Após a análise e elaboração de cálculo, realizado pela Arsec, pode haver indicativo de aumento da tarifa. Porém, por hora, não há indicativo de reajuste.

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