Os dois policiais que auxiliaram o bando que assaltou a cooperativa Sicredi, em Brasnorte, deram cinco minutos de “tolerância” para os criminosos fugirem. A informação foi revelada pelo comandante do 7ª Comando Regional de Tangará da Serra, coronel Murilo Franco, nesta segunda-feira (04.08), em entrevista coletiva.
Os dois militares eram os únicos em atividade no dia do assalto, cometido no dia 31 de julho. Os militares tiveram a prisão convertida em preventiva pela Justiça Militar. Ainda segundo o comandante, chamou a atenção o fato de os criminosos terem efetuado apenas um disparo, algo atípico para os crimes da modalidade ‘novo cangaço’, como foi inicialmente cogitado.
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“Houve um lapso temporal de aproximadamente 5 minutos de vantagem para a Hilux (veículo utilizado no crime) estar empreendendo fuga. Para que vocês entendam bem, 5 minutos em uma velocidade de 120 km/h representa 10 km. É a distância daqui da SESP (Centro Político) até a Arena Pantanal, indo pela Miguel Sutil”, disse o comandante.
Ainda segundo Franco, os sistemas de monitoramento da PM mostram que houve um lapso temporal de 35 segundos da saída da PM em relação à saída da Hilux da cena do crime. Porém, conforme o comandante, essa diferença seria compreensível. Entretanto, em uma distância de 1,8 mil metros, houve um atraso de 5 minutos. Isso daria aproximadamente 21 km/h.
“Nós entendemos isso como atípico e dada as circunstâncias, a gente começou a fazer as entrevistas, chegou à informação da Inteligência que poderia ter a participação dos militares e uma dessas pessoas, de fato, confirmou. Em razão dessa confirmação e desse delay de 5 minutos, nós entendemos que, de alguma forma, eles tiveram participação”, afirmou.
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