Apesar da previsão de chuva para o último domingo, 3 de agosto, o céu permaneceu limpo e o tempo seguiu seco em Cuiabá. Com isso, a capital mato-grossense chegou a 41 dias consecutivos de tempo seco nesta segunda-feira, 4, entrando no mês sob um cenário crítico de estiagem, calor intenso e umidade do ar em níveis preocupantes.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a última chuva registrada em Cuiabá foi no dia 24 de junho. Desde então, o mês de julho foi marcado por clima seco, baixa umidade e temperaturas elevadas. No dia 25 de julho, os índices de umidade chegaram a apenas 15%, configurando estado de atenção para a saúde da população, conforme parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda níveis ideais acima de 60%.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A situação segue preocupante. Segundo o Inmet, não há previsão de chuva para esta segunda-feira, e os termômetros devem oscilar entre 24 °C pela manhã e 36 °C à tarde, com uma amplitude térmica de 12 graus. Essa variação brusca de temperatura é típica do período seco e pode agravar problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
EFEITOS NA SAÚDE
A prolongada ausência de chuva tem impactos diretos na qualidade do ar, no meio ambiente e na saúde da população. Segundo o clínico-geral Maximiliano Moura Max, o tempo seco favorece o surgimento de doenças respiratórias, especialmente entre os mais vulneráveis.
“A baixa umidade pode levar a vários casos de infecção respiratória, queda de imunidade, principalmente em crianças e também em idosos, que são os mais suscetíveis”, alerta.
O médico explica que a secura excessiva do ar provoca o ressecamento da mucosa nasal, reduzindo a primeira barreira de defesa do organismo contra vírus e bactérias. Com isso, aumentam os casos de rinite, bronquite, bronquiolite, gripes e outras infecções respiratórias.
Para minimizar os efeitos do clima, ele recomenda cuidados básicos, mas essenciais.
“É importante agasalhar bem, principalmente nos períodos mais frios do dia, e manter-se hidratado, bebendo bastante líquido ao longo do dia”, orienta Maximiliano.
Com o mês de agosto se iniciando sob os mesmos padrões climáticos, a expectativa é de continuidade do tempo seco, sem chuvas à vista e com temperaturas elevadas. Por isso, a importância de estar atento a todas as orientações.
