O canal do jornalista Arthur Garcia no YouTube, que acumulava quase 700 mil inscritos, foi removido neste sábado (14) após uma denúncia formal da TV Cidade Verde, emissora onde ele trabalhou por seis anos. A alegação foi de violação de direitos autorais devido à publicação de reportagens originalmente exibidas pela emissora. Com informações do Kanal 1.
No dia 6 deste mês, Garcia recebeu uma notificação oficial do YouTube informando que perderia o canal em sete dias, com base nas regras da plataforma. A emissora alegou que o jornalista teria publicado indevidamente conteúdos jornalísticos produzidos pela TV Cidade Verde.
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Desde então, Garcia tentou reverter a decisão, encaminhando contra notificações à plataforma. As contestações foram remetidas à emissora, conforme exige o processo legal do YouTube, mas sem sucesso.
O canal, criado em 2006, cresceu a partir de 2014 com foco em reportagens investigativas. Ao longo dos anos, Garcia reuniu um acervo expressivo de matérias, muitas com ampla repercussão em Mato Grosso.
O jornalista iniciou sua trajetória na TV Brasil Oeste (TBO), passou pela TV Mato Grosso e, em 2017, foi contratado pela TV Cidade Verde, onde se destacou em coberturas de impacto. Segundo ele, a publicação de reportagens no YouTube sempre ocorreu com o conhecimento e incentivo da direção da emissora, como parte de uma estratégia para ampliação da audiência. Ele afirma ainda que essa prática também foi adotada em períodos em que atuou em outras emissoras, sem qualquer questionamento.
Nas redes sociais, Garcia lamentou o ocorrido e divulgou um vídeo em que detalha o caso. Em uma das gravações, mostra um apresentador da própria TV Cidade Verde incentivando o público a seguir seu canal, que à época estava prestes a atingir 700 mil inscritos.
Antes de tornar o episódio público, Garcia tentou contato com a atual proprietária da emissora, Michelle Carvalho, e com o marido dela, na tentativa de resolver a situação de forma amigável. Segundo ele, não houve retorno.
Garcia afirma que diversas reportagens publicadas foram produzidas por ele, com recursos próprios, utilizando equipamentos pessoais como drones, câmeras e microfones, o que lhe garantiria a titularidade do material. Ele classifica a denúncia como infundada e uma forma de retaliação após o fim da relação profissional com a emissora, em 2023.
O jornalista anunciou que buscará a recuperação do canal na Justiça. Ele alega ter reunido provas de que o uso dos vídeos sempre foi autorizado e fazia parte das ações da emissora para ampliar o alcance do conteúdo.
