As eleições estão se aproximando e com isso aumenta o volume de desinformação nas redes sociais. Mais do que nunca é preciso ficar atento para identificar, não compartilhar e denunciar notícias falsas. (clique aqui para ler a matéria original da Agência Senado)
Alguns assuntos são abordados como se fossem novos, muitas vezes usando até as mesmas imagens e textos. É o que está acontecendo com a Sugestão (SUG 9/2018), que propõe a implantação do “voto impresso em 100% das urnas”. Uma postagem antiga, dizendo que o “presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acatou o projeto do voto auditável e foi colocado no site do Senado para Consulta Pública, mas não tá sendo divulgado” voltou a circular, desta vez principalmente no Twitter, pedindo que o usuário da plataforma vote sim.
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O assunto chamou tanta atenção que o Twitter publicou um moment (imagem de abertura desta matéria) destacando que o Senado e agências de checagem publicaram matérias explicando que não existe projeto para implantar o chamado "voto auditável".
O mesmo conteúdo já tinha sido muito compartilhado pelo Facebook e em grupos de WhatsApp, em maio de 2021. Naquela ocasião, o Senado Verifica: Fato ou Fake? checou as postagens e publicou matéria explicando que o Senado não acatou nenhum projeto sobre o assunto, que os senadores estão analisando uma sugestão e que a consulta pública fica ativa até o fim da tramitação da proposta.
A postagem que está sendo compartilhada novamente traz um erro básico sobre como uma ideia legislativa começa a ser analisada pelos senadores. É que só existe uma exigência: para a ideia se tornar uma sugestão precisa receber 20 mil apoios na internet. Depois, se for aprovada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), vai então virar um projeto de lei e seguir todas as etapas do processo legislativo.
Ou seja, uma ideia legislativa não tem como condição ser acatada pelo presidente do Senado para ser analisada pelos senadores.
Outro erro: quando a ideia legislativa foi transformada na SUG 9, em 2018, Rodrigo Pacheco ainda não tinha sido eleito senador e, portanto, tampouco era presidente do Senado.
Sobre o prazo para o cidadão opinar, o Senado Verifica já explicou que a consulta fica aberta desde a apresentação de qualquer ideia até o final da sua tramitação. Confira a checagem publicada em maio do ano passado: Senado acatou projeto do voto impresso e prazo para consulta está no fim?.
Como identificar notícias falsas
Todo mundo pode ajudar a combater a desinformação. Para isso deve-se sempre pesquisar se o que está sendo divulgado está correto, qual é a fonte e a intenção de quem divulga. Siga esses passos:
Veja se os títulos apelam para o exagero e abusam de recurso visuais, como negrito, letra maiúscula e pontos de exclamação;
Preste atenção no texto. Geralmente notícias falsas têm erros de ortografia, concordância ou lógica;
Fique atento se a mensagem estimula o compartilhamento rápido, sem pensar;
Pesquise se a notícia foi divulgada em outro veículo de comunicação. Além disso, veja se o texto possui uma fonte ou referência confiável;
Veja quem é o autor. Pesquise se a pessoa realmente existe.
Se você chegar à conclusão de que é boato, não compartilhe!
O cidadão também pode solicitar uma checagem. O Senado Federal coloca à disposição o Senado Verifica: Fato ou Fake?. Basta enviar publicações suspeitas sobre o Senado, feitas em redes sociais ou grupos de aplicativos de mensagens (WhatsApp, Telegram etc.), para [email protected] ou usar o formulário na página da Ouvidoria. Essas informações serão checadas e a solicitação respondida para o interessado.
O site do Senado Verifica publica checagens pedidas pelos cidadãos.