Uma invenção de mais de 200 anos, a bicicleta tem como uma das principais características a simplicidade. Pedal, duas rodas, selim e guidão, é o que faz toda bike ser bike, certo?
Na verdade, nem sempre. Muitos inventores têm tentado dar novas caras para as bicicletas. Algumas tentativas fazem o veículo expandir horizontes, andar até na água, e outras parecem mais "doidonas".
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Veja abaixo modelos que quebram a normalidade nas bikes:
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Pedalando na água
Uma das coisas mais legais das bicicletas é poder aproveitar o meio-ambiente e é por isso que muitos ciclistas se aventuram em montanhas e trilhas. Mas que tal dar um rolêzinho em um lago ou até mesmo em uma calma baía?
Essa é a proposta da Manta5, uma empresa com sede na Nova Zelândia. A sua bike XE-1 pode navegar a uma velocidade máxima de 21 km/h.
Manta5 é bicicleta feita para pedalar na água — Foto: Manta5
Não há uma acelerador no punho; à medida que o ciclista pedala, a energia elétrica do motor auxilia o movimento, como nas bicicletas movidas à eletricidade de rua.
O modelo é considerado um hidrofólio, veículo que permite sustentação na água devido a sua forma, como a prancha bem louca do Mark Zuckerberg. É preciso desembolsar US$ 8.990 pelo modelo, valor equivalente a quase R$ 50.000 (cotação de 14 de outubro de 2021).
A Holanda é conhecida por suas ciclovias e como a população usa diversos tipos de bicicleta no seu dia-dia. Dentre tantos modelos diferentes, a empresa Lopifit criou uma maneira inusitada de pedalar, ou melhor, de não pedalar na bike.
No lugar dos pedais, o modelo elétrico ganhou uma esteira. Com o auxílio de energia elétrica, caminhar a 5 km/h resulta em uma velocidade de 32 km/h na bicicleta.
Que tal caminhar ao invés de pedalar? Essa é ideia da Lopifit — Foto: Lopifit
O objetivo da "bike de caminhada" é evitar o desconforto de ficar horas sentado no selim, segundo a empresa. Seu valor? A partir de US$ 2.895 (R$ 16.000).
Supercompacta
Existem vários tipos de bicicletas dobráveis, mas a Kwiggle, da Alemanha, chama atenção pelo seu tamanho. A empresa fabricante diz que ela é a menor do tipo no mundo.
Quando fechada, o seu tamanho é como o de uma bagagem de mão, o que facilita na hora de levar no metrô ou até em um voo.
Kwiggle é a menor bicicleta dobrável do mundo — Foto: Kwiggle
Com amplas possibilidades de ajustes do assento e do guidão, o modelo pode ser utilizado por pessoas de 1,35 metros a 1,95 metros de altura. "Nossos clientes são de 10 a 85 anos", diz a empresa.
Sua ergonomia também é diferente, deixando o ciclista menos curvado que em uma bike normal. Isso para que a pedalada fique mais relaxada. A Kwiggle parte de 1.340 euros (R$ 8.640).
Sem corrente
A corrente é um item indispensável nas bicicletas modernas, certo? Nem sempre. A norte-americana Bicymple produz bicicletas com os pedais conectados diretamente na roda, retirando assim a necessidade da corrente.
O objetivo é deixar o veículo mais simples e leve, já que não precisa de todo o sistema de engrenagens. Para funcionar, as bikes são mais curtinhas para que as pernas possam alcançar os pedais.
Bycimple não tem corrente — Foto: Bycimple
Existe uma versão com pedal no pneu traseiro, e outra com o pedal na roda dianteira. Os modelos custam a partir de US$ 799 (R$ 4.400).
Pedal no estilo surf
Saindo da obviedade, o inventor Michael Killian criou o estilo chamado de "sideways bike", algo como "bicicleta de lado", em português.
O irlandês se inspirou no snowboard para ter a ideia, o que deixa o ciclista em uma posição totalmente diferente do que estamos acostumados.
Bicicleta "de lado" do inventor irlandês Michael Killian — Foto: Snowboard Bike
Um sistema de engrenagens deixa o ciclista de lado e o guidão é separado em dois: com uma haste na frente e outra atrás.
Pedal na neve
Se água já é diferente, imagine na neve. Não parece nada agradável sair pedalando por aí neste gélido e difícil terreno. Mas a solução da canadense Envo Bike foi produzir um kit que pode transformar uma bicicleta elétrica em um tipo de snowmobile.
Envo bike tranforma bicicleta elétrica em veículo para a neve — Foto: Envo
Na dianteira, uma prancha entra no lugar da roda, enquanto na traseira vai uma esteira de borracha que garante a tração na neve. O sistema também dá um acelerador para a bike, que pode ser acionado com o polegar, para dar um impulso extra em locais de maior dificuldade.
O kit custa 2.789 dólares canadenses (R$ 12.400).
'Voando' no pedal
Por que não modificar a clássica posição em cima da bicicleta? Essa é a ideia da Bird of Prey (Ave de Rapina, em tradução), que deixa o ciclista como se estivesse voando.
Bird of Prey dá impressão de ciclista ir voando na bike — Foto: Bird of Prey
Para isso acontecer, o modelo tem os pedais na parte de trás da bicicleta, passando a linha dos pneus. Além disso, no lugar do tradicional selim vai um apoio para o abdômen. O valor é de US$ 4.800 (R$ 26.500).