A posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve contar com uma participante inédita que irá acompanhá-lo na rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023 em Brasília: sua cachorra de estimação batizada de Resistência.
A vira-lata de 4 anos foi adotada pela futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, quando Lula esteve preso em Curitiba, em 2018.
Resistência chegou a ficar 580 dias com militantes na "Vigília Lula Livre", acampamento que foi feito ao lado da sede da Polícia Federal de Curitiba, até que foi levada para a casa de Janja. Até então, ela estava morando com o casal presidencial na capital paulista.
Em entrevista ao Fantástico em novembro, Janja falou sobre a ideia de Resistência acompanhar Lula na posse, que está sendo coordenada por ela. A expectativa do gabinete do governo de transição é que o evento reúna 300 mil pessoas.
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"Ela é nosso amuletinho, eu diria assim. A Resistência foi encontrada e adotada pela vigília. Ela ficou alguns meses na vigília, mas como era muito frio em Curitiba, ela ficou doentinha e eu falei: ‘Vamos lá, Resistência, você vai pra minha casa’. Ela foi. Contei isso por carta pra ele: ‘Olha só, temos uma filha nova’. E aí o pessoal da vigília falou: ‘A Resistência vai subir ainda a rampa do Planalto’. A Resistência estará lá", disse.
Nesta segunda-feira (26), a futura primeira-dama divulgou nas redes sociais que a vira-lata já estava em Brasília. No entanto, ainda não está confirmado oficialmente se a cachorrinha acompanhará Lula e Janja na subida da rampa do Planalto.
"Resistência e seu inseparável patinho já estão em Brasília para a posse. Ela está ansiosa para encontrar com vocês. Estamos trabalhando muito para garantir que todos participem dessa festa histórica com toda segurança", escreveu.
E quem é Resistência?
Em dezembro de 2019, o perfil de Lula fez uma publicação no Facebook contando a história da vira-lata, que se tornou a primeira mascote do então Acampamento Lula Livre.
"Chovia e fazia menos de 15 graus quando uma pequena vira-lata preta cruzou a tumultuada Via Rápida do bairro Santa Cândida, um dos mais altos e mais gelados de Curitiba. Desviando entre os carros e assustada pelo barulho das buzinas, a pequena filhote tremia e se encolhia quando dois homens que passavam pelo local finalmente a acolheram".
"Era abril de 2018 e os dois não eram dali. Marquinho e Cabelo, metalúrgicos de São Bernardo do Campo, não pensaram duas vezes e, assim, a cachorrinha batizada de Resistência tornou-se a primeira mascote do então Acampamento Lula Livre. A pequena Resistência, com pouco mais de dois meses de vida, passou a emprestar calor e alegria aos novos moradores da capital do Paraná".
Ainda conforme a publicação, a cadela foi caindo nas graças de toda a vigília e passeava por todo acampamento.
"Abrigada por uma bandeirinha do PT, a cachorrinha comunitária passeava por todo acampamento. Latia e rosnava para quem ameaçava hostilizar o local, tirava foto com artistas e lideranças que se somavam à Vigília, até o dia em que adoeceu e precisou ser internada. Na Vigília, diziam que a vira-lata refletia o humor das coisas, o estado de humor da resistência como um todo".