Dollar R$ 5,74 Euro R$ 6,15
Dollar R$ 5,74 Euro R$ 6,15

Saúde e Bem Estar Domingo, 13 de Dezembro de 2020, 18:22 - A | A

Domingo, 13 de Dezembro de 2020, 18h:22 - A | A

Saúde e Bem Estar

Preconceito afeta renda de pessoas soropositvas, diz Unaids

EBC Saúde

Levantamento do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e outras sete organizações, divulgado nesta semana, revela que o estigma contra pessoas com HIV ou Aids ainda existe, sendo praticado, inclusive, por profissionais de saúde. Em relatório com foco na cidade de Salvador, as entidades expuseram números relativos a direitos humanos e também à esfera profissional. O impacto do preconceito na vida social das pessoas soropositivas que residem na capital baiana foi outro aspecto abordado pelos pesquisadores.

Em alguns casos, pessoas que convivem com quem é soropositivo acabam contando sobre sua condição sem o seu consentimento. Após ouvir 119 pessoas soropositivas, apurou-se que somente 26,9% delas informaram sobre a infecção aos respectivos empregadores.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

A porcentagem faz sentido, se colocada ao lado de outro dado: o de que, nos últimos 12 meses, 27,2% de um total de 217 pessoas vivendo com HIV e Aids perderam o emprego ou a fonte de renda, por causa de sua condição. A discriminação também acontece por meio de agressões físicas e assédios verbais, relatados por 6,8% e 20,8% dos entrevistados, respectivamente.

Os entrevistados destacaram comentários discriminatórios ou fofocas de não familiares como a forma mais frequente de discriminação. Porém, o comportamento foi apontado por 50,2% como existente também entre membros da própria família.

Rede de saúde

Outro ambiente hostil às pessoas soropositivas é a rede de saúde. Durante atendimentos, os pacientes notaram que profissionais de saúde evitaram contato físico ou tomaram precauções por causa da sorologia positiva para o HIV (9,6%); fizeram comentários negativos ou fofocas (8,4%) em relação a eles; e revelaram a outras pessoas a sorologia positiva para HIV, sem sua autorização (9,6%).

O levantamento foi aplicado em Manaus, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre. A versão integral do relatório referente a Salvador pode ser consultada no site do Unaids.

A Agência Brasil solicitou esclarecimentos ao município de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Saúde
search