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Política Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2025, 15:37 - A | A

Segunda-feira, 06 de Janeiro de 2025, 15h:37 - A | A

DENÚNCIA

VÍDEO: Prefeitura gastou R$ 40 milhões com placas solares que não geram energia

Thiago Portes

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

As placas solares instaladas no teto de estações de ônibus no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá pelo valor de R$ 40 milhões não geram energia. O prefeito Abilio Brunini (PL) fez a revelação nesta segunda-feira, 6 de janeiro, em coletiva de imprensa. O prefeito também anunciou que irá retirar os equipamentos dos locais.

“Já viram as placas solar em cima da Estação Alencastro? Não funciona. Já viram a placa de energia solar em cima do Pronto-Socorro de Cuiabá? Não funciona. Já viram a placa de energia solar em cima da Estação Ipiranga? Não funciona. Sabe quantos milhões já foram gastos com energia solar? Mais de R$ 40 milhões. Não está gerando energia” disse.

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O prefeito disse que não irá gastar com a realocação das placas em novos locais. Para isso, ele convidou empresas de Cuiabá para buscar uma solução em formato de permuta.

“Nós vamos buscar medidas como essa de tirar todas essas placas de cima desses lugares, colocar as placas instaladas novamente no local apropriado, botar para gerar energia. Não vamos gastar com isso. Então, empresas que queiram ajudar a gente buscar uma solução para isso, está convidada todas empresas do povo cuiabano que mexe com energia solar. Nós vamos fazer até divulgação, vou fazer no meu perfil, não da prefeitura”, falou.

Abilio falou que energia gerada pelas placas deve beneficiar prédios públicos. “Eu tenho que gerar energia, do Shopping Orla, do HMC, de tudo. Porque a energia é gerada para o município, vira crédito na rede de energia e esse crédito pode ser abatido em qualquer unidade de uso da energia”, disse.

Cuiabá foi considerada a 2ª cidade brasileira com mais potência de energia solar instalada em todo o país, conforme panorama fotovoltaico realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com uma potência de 296 megawatts instalados, a capital mato-grossense só fica atrás de Brasília, no Distrito Federal. O número representa 1% do potencial de todas as fontes de geração de energia disponíveis na capital.

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