O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a criticar o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e vereadores da oposição na manhã desta quinta-feira (17), ao comentar a decisão de retirar o projeto que alterava a forma de pagamento das férias dos professores da rede municipal de ensino.
“Eu pretendo, a cada dia mais, buscar parcerias com a iniciativa privada e investir cada vez menos nas relações com esses sindicatos e militantes que fazem da educação um péssimo exemplo para entregar resultados. Não há rompimento oficial com sindicato, as portas estão abertas para dialogar, mas enquanto estiver só com militância política”, declarou o prefeito.
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A fala foi motivada pela repercussão negativa do projeto de lei protocolado na Câmara Municipal no dia 6 de junho, que propunha alterar o cálculo do adicional de férias dos profissionais da educação. A proposta limitava a contagem de 30 dias para o pagamento do terço constitucional, desconsiderando os 15 dias de recesso escolar previstos na Lei Complementar 404/2016, norma que nunca foi aplicada pela gestão anterior.
Segundo o prefeito, o projeto foi retirado após pedido de parlamentares da base, como Michelly Alencar, Coronel Dias e Dr.ª Mara. Abilio aproveitou para rebater opositores que, segundo ele, "surfaram" no debate.
“Quem veio defender os trabalhadores foi um ex-vereador do PT, [Robinson Cireia] que tentou se apropriar da situação. E os vereadores da oposição que ficam arrotando por aí que foram eles... mentira, mentira. Não foi Daniel Monteiro, não foi o Dídimo Vovô, não foi o Jeferson, nenhum desses caras. Eles nem conversaram comigo”, criticou.
Apesar do impasse, Abilio afirmou que a Prefeitura irá cumprir o pagamento, mesmo reconhecendo o impacto financeiro. “Por mais que o ex-prefeito [Emanuel Pinheiro] não tenha pago nenhuma vez o recesso desses trabalhadores, vamos fazer isso. Vamos sofrer um pouco por agora, e por isso tomamos esta decisão”, concluiu.
A retirada do projeto ocorre após forte pressão de servidores e judicializações que somam, segundo a Prefeitura, mais de R$ 30 milhões em sentenças relacionadas ao adicional de férias dos professores.
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