A escassez de mão de obra se tornou um dos principais entraves para o avanço das obras do BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com o governador Mauro Mendes (União Brasil), a empresa responsável pelo trecho está com 150 vagas abertas, mas não consegue preencher os postos de trabalho, nem mesmo recrutando em outros estados. Na manhã desta quinta-feira, 14 de agosto, ele reforçou à imprensa que o problema não é exclusivo do projeto de mobilidade urbana e atinge diversas obras no estado.
"Hoje, em todo o Mato Grosso, as empresas enfrentam dificuldade para performar por falta de mão de obra. Isso é um gravíssimo problema. Falta mão de obra para tudo quanto é lado", disse.
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Mendes lembrou que, apesar de já ter rescindido contratos com construtoras que não cumpriam prazos devido à falta de trabalhadores e substituí-las por outras, os problemas se repetiram, mesmo que a nova empresa tenha mais estrutura.
"Colocamos outra, uma boa empresa, mas ela está com 150 vagas em aberto. Não consegue preencher em Mato Grosso, está tentando recrutar na Bahia, no Nordeste. Ficaram dois meses e trouxeram apenas 20 pessoas para trabalhar", relatou o governador.
Mauro também disse ter conversado recentemente com governadores de outros estados, que relataram o mesmo cenário. "Está começando a faltar mão de obra no país inteiro. Isso é muito ruim, porque existem vários fatores que estão levando a isso", destacou.
Questionado sobre a previsão de conclusão das obras do Complexo Leblon, na Avenida Miguel Sutil, Mendes evitou estabelecer prazos curtos, mas demonstrou confiança de que concluirá as obras em sua gestão. "Meu mandato termina no final do ano que vem. Tem tempo pra burro", afirmou.
Apesar do otimismo do governador, o atraso nas obras do BRT tem sido um ponto de cobranças constantes pela população e por diversos parlamentares, que já se reuniram diversas vezes com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, buscando reforçar o acompanhamento e a fiscalização do poder público sobre as obras de mobilidade urbana.
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