O deputado estadual e médico Dr. João (MDB) afirmou ser contra a ida do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp) e teme sua militarização. Nesta quarta-feira, 9 de julho, o deputado relembrou que essa integração já deu problemas antes e alerta para os problemas futuros. A medida foi formalizada por meio de um Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias estaduais de Saúde (SES) e Segurança Pública (Sesp) e oficializada pelo Governo do Estado na última segunda-feira, 7 de julho.
“Eu acho que não precisa militarizar o Samu nesse momento. Quer ajudar, quer compartilhar o Samu? Tudo bem, mas a gestão não precisa ir para o bombeiro, eu tenho o maior respeito pelos bombeiros, o bombeiro hoje tem uma atuação importante junto ao Samu, mas não precisa. No passado já teve essa gestão administrada pelos Bombeiros e não teve muito sucesso. Eu acho que a forma de gestão que está sendo feita hoje está muito bem. E o Samu inteiro é contra, eu acho que quem tá trabalhando sabe o que tá acontecendo”, alertou.
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A medida em discussão prevê que o Corpo de Bombeiros Militar (CMB) fortaleça os atendimentos pré-hospitares na Baixada Cuiabá. Entretanto, o Dr. João e a deputada Janaina Riva (MDB) questionam sobre os termos dessas mudanças. A deputada cobrou transparência na cooperação entre as secretárias sem o aval da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
O Dr. João destacou que é preciso conversar com os agentes da saúde antes, pois não teve conversa com o Estado e cobra discussão e diz ter receio da militarização do Samu.
“Eu acho que é a militarização [o receio]. No passado tem experiência dos profissionais da área de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores. Não foi muito satisfatório essa militarização. Realmente, militarizar esse pessoal, não é a melhor coisa, eles são civis, não estão acostumados. No passado já teve essa militarização. ‘Ah, não vai mudar nada’, muda, sim, perde a autonomia total. Vai ter um monte de ‘nego’ pedindo demissão”, disse.
Ele afirma que não há o que melhorar no atendimento do Samu. Segundo o deputado, o atendimento atualmente está em torno de 4 a 7 minutos, não há reclamações, então não há motivos para a modificação. Além disso, ele sugere que façam uma pesquisa de satisfação com a população.