O prefeito Abilio Brunini (PL) reafirmou que não desistiu da ideia de incorporar a Santa Casa de Misericórdia à rede pública municipal de Saúde. Segundo ele, apesar das dificuldades financeiras da Prefeitura e da falta de habilitação do hospital junto ao Ministério da Saúde, o espaço continua sendo estratégico e pode ser reaproveitado com outra finalidade. Em declaração nesta quarta-feira, 9 de julho, o prefeito afirmou que sua intenção é transformá-la em um hospital de cuidados paliativos.
"Não desisti. Vamos atrás daquilo que a gente puder fazer. Vamos conversar com parlamentares novamente, se eles querem nos ajudar [...] vamos conversar com a justiça do trabalho, se ela quer oportunizar a gente alguma forma da gente poder ajudar [...] ainda que nós estamos em uma dificuldade muito grande, muito grande. Mas é um patrimônio nosso", disse o prefeito.
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O futuro da Santa Casa permanece incerto após o Governo do Estado declarar que não tem interesse em manter a unidade em funcionamento após a conclusão do Hospital Central. Segundo o governo, todos os serviços prestados pela Santa Casa serão transferidos para a nova unidade, que será gerenciada pelo Hospital Albert Einstein e deve entrar em funcionamento antes do final do ano.
Abilio lamentou o estado de abandono da unidade, que, segundo ele, já apresenta risco estrutural. “A parede lá da fachada quase que caindo. Se largar o poder público de uma vez, vai cair”, afirmou.
Abilio também revelou que pretende transformar a Santa Casa em um hospital de cuidados paliativos, voltado ao atendimento de pacientes em fase terminal ou com doenças graves que exigem acompanhamento contínuo.
“Hoje, quase 40% dos leitos de enfermaria e uma boa parte dos leitos de UTIs estão ocupados por pacientes paliativos que não tem por onde eles serem deslocados. A gente precisa dar dignidade para essas pessoas num momento difícil da vida delas”, destacou.
A proposta, segundo ele, poderia representar inclusive uma economia para os cofres públicos, ao reduzir a judicialização na busca por leitos e tratamento adequado. “Tudo que é judicializado sai mais caro. Um leito de UTI custa pra nós R$ 1.600 por dia. Um leito de UTI com paciente paliativo, ele está custando para nós mais de R$ 50 mil por mês”, exemplificou.
Aos jornalistas, Abilio lembrou que a Santa Casa possui aproximadamente 200 leitos e 10 centros cirúrgicos que, segundo ele, ainda podem ser plenamente aproveitados, desde que haja investimento planejado.
“É custo? É. Mas a gente tem que escolher: aonde nós vamos ter o menor custo? Na judicialização ou no investimento no espaço como esse?”, questionou.
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