A greve dos policiais penais chega nesta segunda-feira (27), no seu décimo primeiro dia e o secretário do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), Lucivaldo Vieira, disse que a paralisação não agrada a nenhuma das partes e nem sociedade. Ele ainda disse esperar que o governo abra diálogo com a categoria.
De acordo com Lucivaldo, que esteve reunido com dezenas de policiais penais na Praça da República para mais um ato, a tentativa de negociação de valorização salarial acontece desde 2019 com o governo Mauro Mendes (DEM), mas até o momento, os policiais não conseguiram êxito.
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“A greve é prejudicial para todos. O sindicato está à disposição. É só o governo chamar [para negociar] que estamos 24h à disposição. Nós não fomos notificados e estamos indo para Brasília procurar o Ministério da Justiça, procurar o departamento penitenciário nacional, a Câmara Federal e todos os meios para que a gente resolva esse imbróglio”, disse o secretário.
Lucivaldo ainda se mostrou indignado com as decisões judiciais proferidas, todas a favor do Governo do Estado. O secretário alega que a Justiça está apenas atendendo um lado e que o ideal seria fazer uma audiência de conciliação para resolver o impasse.
A categoria, segundo Lucivaldo, até o momento não falou em porcentagem de ganho, mas sim, feito um pedido de equiparação de ganho com a Polícia Militar e Polícia Civil, pois há uma disparidade entre os rendimentos das categorias.
Nas negociações, o sindicato espera uma formalização do governo de quando, quanto e como será feito o reajuste. Apesar de ganhos diferente, Lucivaldo reforça que os policiais penais possuem, hoje, 18 atribuições, cinco a mais que as demais forças de segurança.
“O nosso ambiente é hostil, não podemos frequentar os mesmos lugares de uma pessoa comum, nossos filhos não podem estudar em qualquer escola, não podemos morar numa favela, porquê? Porque a ação da criminalidade e facções dentro e fora das unidades prisionais atacam principalmente os policiais penais e sua família”, detalha.
Mesmo de greve, Lucivaldo esclareceu que as atividades de segurança estão sendo praticadas nos presídios, e que o efetivo está 100% fazendo a segurança, sem o risco de fuga de detentos.
Por fim, o secretário diz que atualmente a categoria está inclusa no artigo 144 da Constituição e são policiais. Ele alegou que é um blefe o governador dizer que vai privatizar as unidades prisionais, pois, não se pode terceirizar atividade policial.