A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), afirmou que considera “imoral” o pagamento de salários aos vereadores afastados Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), investigados por corrupção. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 10 de junho, ela afirmou que, apesar de sua opinião, o pagamento é legal e será realizado por determinação judicial.
“Embora eu, como presidente, como vereadora, pense ser imoral, mas é legal. Então, a gente cumpre uma decisão judicial e estamos aqui para nos readequar”, declarou.
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Durante entrevista, Paula Calil também respondeu aos questionamentos sobre uma possível ação da Casa para reverter a medida. Segundo ela, houve nova reunião com a assessoria jurídica da Presidência e com a Procuradoria, mas o entendimento foi de que não caberia recurso neste momento.
“Nós novamente nos reunimos com a assessoria jurídica da Presidência, com a Procuradoria dessa Casa e nós chegamos a um consenso: entendemos que, como já existe o entendimento do Tribunal de Justiça, já existe uma jurisprudência em cima disso”, afirmou.
A presidente reforçou que, embora discorde da situação, a Câmara irá cumprir o que determina a Justiça.
“Os vereadores, eles estão afastados e até que seja provado se eles são culpados ou inocentes, nós, como antigamente, já temos um histórico de que a Câmara teve que pagar de forma retroativa, e aí realmente balança muito a parte financeira orçamentária da Casa. Nós conversamos entre assessoria jurídica da Presidência e a Procuradoria e entendemos que, neste momento, como já há o entendimento do Tribunal de Justiça, nós não recorremos. Mas, é como eu disse: eu, vereadora Paula Calil, presidente dessa Casa, é imoral? É, mas é legal e nós vamos cumprir a decisão judicial”, concluiu.
Os dois vereadores foram afastados no dia 29 de abril, no âmbito da Operação Perfídia, da Polícia Civil. Já a decisão que determinou o pagamento dos salários foi proferida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), após a defesa de Chico 2000 entrar com pedido judicial, pois a Procuradoria da Câmara e a presidente já haviam recusado o pagamento do salário.
Com a decisão, a Câmara terá que arcar com o salário de 29 parlamentares — os 25 titulares, os dois afastados e os dois suplentes que assumiram seus cargos.
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