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Política Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2021, 18:21 - A | A

Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2021, 18h:21 - A | A

TEMPO INDETERMINADO

Policiais penais recusam aumento de 15% e deflagram greve

Líder do governo prometeu uma reunião com o governador para facilitar as negociações

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

Os policias penais de Mato Grosso decidiram nesta quarta-feira, 15 de dezembro, que irão paralisar as atividades, em greve por aumento dos salários. Eles recusaram a proposta feita pelo governo, que previa 15,27% de aumento e mais o pagamento de auxílio-alimentação no valor de R$ 450, além da Revisão Geral Anual (RGA) de 7%, prevista para janeiro.

De acordo com Ricardo Henrique, vice-presidente do Servidores Penitenciário do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), a greve já havia sido aprovada em assembleia anterior, mas o movimento foi ‘pausado’ até a reunião com o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) e o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho, que aconteceu na tarde de terça-feira (14).

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O líder do governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco (DEM), prometeu uma reunião com o governador Mauro Mendes (DEM) para tratar sobre a greve, na tentativa de acalmar os ânimos e facilitar as negociações.

“Como a reunião de ontem não foi contente para a categoria e a proposta foi a mesma apresentada pelo Basílio, ela (greve) retomou o curso hoje, e é por tempo indeterminado. O Dilmar Dal Bosco desceu para falar conosco e prometeu fazer uma reunião com o governo para atender o anseio da categoria”, detalhou.

Durante o período da greve, as unidades prisionais devem funcionar apenas com os serviços essenciais. Atendimento de advogados, visitas e outros serviços considerados não-essenciais serão suspensos.

A categoria alega que um policial penal em início de carreira ganha R$ 3.100, valor que cai para cerca de R$ 2 mil com os descontos de previdência e imposto de renda. Os servidores reclamam que recebem os menores salários da Segurança Pública, apesar de correrem risco 24h ao dia, por lidar com presos faccionados e ameaças de toda sorte.

Em entrevista coletiva realizada na última terça-feira, o governador afirmou que está aberto ao diálogo, mas não pretende negociar sob a ameaça de greve. Ele ainda afirmou que a paralisação dos policiais penais é ilegal, pois a Constituição Federal proíbe greve nas forças de Segurança.

 

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