A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), usou o exemplo do dialeto cuiabano para defender o prefeito Abilio Brunini (PL), que vetou o uso de linguagem neutra em eventos da Prefeitura, como aconteceu durante a Conferência Municipal de Saúde, onde ele interrompeu a fala da professora da UFMT, Maria Inês, por ter usado o termo “todes”.
“‘Todes’ não está no dicionário da língua portuguesa. O prefeito, no meu ponto de vista, agiu de forma correta. Ele não pediu para ela se retirar[do evento], só disse que não iria permitir que utilizasse o uso de linguagem neutra na conferência”, disse a vereadora.
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Paula alega que nem mesmo expressões típicas da cultura local, como “ó xô mano”, são utilizadas em ocasiões formais. “Nós temos o dialeto cuiabano, mas eu não vou em uma conferência ou aqui na sessão que temos um rito e dizer: ‘ó xô mano’. Não. As pessoas tem que ter respeito e saber se comportar nos ambientes”, afirmou.
Segundo ela, enquanto a linguagem neutra não for oficialmente reconhecida, não cabe seu uso em espaços oficiais. “O SUS é para todos, é universal, mantido por três entes federativos, União, Estado e Município. E quando for um evento oficial, o prefeito está correto”, reforçou.
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