O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) disse não ver fundamento na declaração do ex-deputado Gilmar Fabris (PSD), que afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria convidado o senador Jayme Campos (União) para disputar o governo de Mato Grosso pelo MDB nas eleições de 2026.
“Ouvi a fala do ex-deputado Gilmar Fabris, mas acho que não tem fundamento, porque somos do União Brasil, que faz parte do Governo Federal atual com três ministros, mas sem compromisso político futuro para sucessão presidencial”, declarou Júlio. “Mas, em política, tudo é possível. O adversário de hoje é o correligionário de amanhã. Vamos aguardar”, completou.
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Apesar de minimizar a possibilidade de aproximação com o PT, o deputado reconheceu a força política do irmão. Jayme tem se colocado como um possível candidato ao governo há meses, provocando um debate interno no União Brasil sobre a sucessão de Mauro.
“Pessoalmente, sou muito ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o senador Jayme Campos é um nome que todos os partidos querem como candidato. Talvez, só um pequeno segmento do União Brasil não queira aceitar que ele seja o sucessor de Mauro Mendes”, afirmou.
Júlio ainda defendeu uma composição para as eleições de 2026 que mantenha Jayme como cabeça de chapa ao governo do Estado.
“Temos uma chapa completa: o senador Jayme para governador e o governador Mauro Mendes para o Senado. E gostaríamos que partidos aliados ocupassem a vice e a outra vaga de senador, além das suplências”, completou.
A declaração de Fabris, feita durante o lançamento do programa federal Solo Vivo, no último sábado (24), em Campo Verde, gerou repercussão nos bastidores da política estadual. Segundo o ex-deputado, o próprio Lula teria manifestado apoio a Jayme Campos, caso o senador aceitasse disputar pelo MDB.
“Numa conversa anterior com o presidente Lula, ele disse: ‘Se Jayme for, nós teremos o apoio. Caso contrário, vamos de chapa pura’”, afirmou Fabris.
O cenário político dentro do União Brasil também é motivo de atenção. Com a criação da Federação União Progressista — formada por União Brasil e PP —, o grupo do governador Mauro Mendes passou a ter o controle da federação, o que tem deixado os irmãos Jayme e Júlio Campos em uma posição de menor influência interna.
Jayme Campos, por sua vez, tem sido visto com frequência em eventos ao lado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e da deputada estadual Janaina Riva (MDB), o que alimenta especulações sobre articulações alternativas para 2026.
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