O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o bloquei do Estreito Omã trará consequências econômicas a Mato Grosso e pode causar desabastecimento de fertilizante. Nesta segunda-feira, 23 de junho, Mendes disse que os fertilizantes e petróleos passam pelo canal boqueado e isso pode impactar na agricultura do estado, prejudicando a maior atividade econômica local. Apesar disso, ele tem a esperança de haver outras alternativas para a importação dos produtos.
“Eu não tinha visto essa notícia, mas o Estreito de Omã é um importante canal ali no Oriente Médio, que é importante fornecedor de petróleo, de fertilizantes para o mundo e para o Brasil. Claro que o bloqueio de um canal logístico vai trazer consequências, mas eu acredito que nós temos alternativas em outros países para que nós possamos evitar ou tentar evitar que haja um desabastecimento do nosso suprimento de fertilizantes”, disse.
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Mato Grosso é o estado brasileiro que mais consome fertilizantes. Em 2024, o estado recebeu 9,77 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Com a dificuldade em importar os fertilizantes, ou um possível desvio de rota, os preços tendem a subir, trazendo prejuízo aos produtores.
Mauro afirma que Mato Grosso possui muitas terras, mas que a qualidade das terras não é tão favorável, fazendo com que importe mais produtos de fertilizantes.
“Nós temos terras absolutamente favoráveis, clima favorável, mas a nossa terra não tem a fertilidade necessária para dar a produtividade que o sistema agrícola brasileiro está acostumado. Então, nós dependemos muito da importação de fertilizante”, explicou.
O governador também cita que há a possibilidade de exploração de potássio na Amazônia para suprir a carência de 50% do produto no Brasil. Porém, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demorou 15 anos para licenciar a exploração da mina.