O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deu novas pistas de sua pretensão política para 2026, quando ocorrem as eleições gerais. Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta manhã de quinta-feira, 5 de dezembro, o prefeito descartou disputar aos cargos de deputado estadual e federal, defendeu o nome do ministro de Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), para o Governo do Estado e deu a entender que pode ser candidato ao Senado.
Segundo Emanuel, seu candidato a deputado estadual na próxima eleição é Juca do Guaraná (MDB), que já está no exercício do mandato e vai à reeleição. Já em relação à Câmara Federal, o prefeito adiantou que seu filho, o deputado Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (MDB), deve disputar a reeleição, motivo que impede sua candidatura. Os dois políticos citados por ele são do mesmo partido.
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Pinheiro afirmou que ainda não possui um cargo pré-definido para disputar - e que pode, inclusive, não se candidatar a nenhum -, mas avalia que está credenciado para ser candidato a qualquer outra função: Senado e suas suplências ou Governo do Estado. O prefeito destacou que o momento não é de lançar nomes aos cargos, mas de construir o projeto político que seu grupo irá defender para Mato Grosso e, só então, escolher aqueles que encabeçarão as disputas.
Segundo o prefeito, ele esteve reunido com o ministro Carlos Fávaro no último final de semana, oportunidade em que defendeu algumas legendas para composição do grupo de 2026: MDB, federação Brasil de Esperança (PCdoB, PT e PV), PDT, PSD e PSDB.
Embora não tenha citado nominalmente o cargo que pretende disputar, as informações de Emanuel indicam uma pretensão ao Senado: no próximo pleito, a população vai às urnas para escolher deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. Como o prefeito já descartou os dois primeiros, defendeu Fávaro ao governo e não será candidato a chefe da Nação, resta a Casa Alta.
A própria composição do grupo já será um dilema no MDB, que hoje caminha com o governador Mauro Mendes (União), principal adversário político do prefeito Emanuel Pinheiro, e já sinalizou ter a pretensão de compor com o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2026. Apesar de algumas divergências entre lideranças do MDB - a deputada estadual Janaína Riva e o presidente estadual da sigla, Carlos Bezerra -, o partido não deu sinais de rompimento com Mauro.
A aliança, por si só, já vai causar um grande debate interno no MDB, que ainda se recupera das grandes brigas envolvendo as principais lideranças partidárias. O grupo de Bezerra ainda defende permanência no governo estadual e uma possível reedição dessa aliança em 2026, enquanto os emanuelistas defendem o rompimento e mais protagonismo.
Para além disso, ainda há a pretensão de cargos. Janaina já sinalizou sua intenção em concorrer ao Senado no próximo pleito. Quem também deve se candidatar ao cargo é o governador Mauro Mendes, que já está em segundo mandato.
Neste grupo de Mauro e Janaina, estão no pleito pelo governo o senador Jayme Campos (União Brasil), cujo mandato se encerra justamente em 2026; o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que já vem sendo fritado pelos próprios aliados; o senador Wellington Fagundes (PL), que é sogro de Janaina, mas não deve receber apoio do próprio partido; e o primeiro-secretário e presidente eleito da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), que se consagrou como principal liderança e articulador do grupo nas eleições de 2024.