O deputado estadual Delegado Claudinei (PL) afirmou que não se arrepende de fazer parte do grupo que impediu a filiação de novos membros ao seu partido no começo do ano. A decisão acabou afetando a chapa de deputado estaduais do PL, que viu sua bancada encolher na Assembleia Legislativa, das atuais três cadeiras para apenas duas. Claudinei foi o deputado que não conseguiu se reeleger.
Uma briga interna no PL, ocorrida em meados de março, teria sido a causa do encolhimento do partido. Isso porque os três deputados do PL - Delegado Claudinei, Elizeu Nascimento e Gilberto Cattani - que detêm mandatos atualmente não aceitaram receber nomes com maior expressividade e que também pretendiam disputar as eleições para deputado estadual.
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“Eu não me arrependo, os outro também não se arrependem. Acho que foi uma decisão que a gente tomou em comum acordo na época, junto ao diretório do PL estadual, e é difícil saber, difícil prever se ia eleger três ou quatro candidatos a deputado estadual”, disse Claudinei, em conversa com jornalistas durante a semana.
O deputado explicou que a decisão não foi tomada por egoísmo dos deputados que iriam buscar a reeleição, mas para estimular a adesão de novas lideranças ao partido, com as quais já havia um compromisso de candidatura.
“Se a gente aceitasse outros deputados já com mandato no PL, já que três ou mais deputados queriam entrar no PL na época, isso daí iria desestimular os outros pré-candidatos, até para eles se filiarem ao PL e continuarem na chapa para concorrer à eleição. Então, não foi só para beneficiar os deputados atuais, mas sim para também acabar motivando os outros candidatos”, explicou.
Alguns dos nomes que tentaram entrar no PL àquela época conquistaram boa votação no pleito deste ano e poderiam ter ajudado o partido a ampliar sua bancada. É o caso do deputado Sebastião Rezende, que acabou migrando para o União Brasil e foi reeleito com 36.919 votos. Rezende teve votação superior a quase todos os candidatos do PL. A única exceção é Cattani, que conquistou 44.705 votos.
AÇÃO NO TSE – Sem conseguir se reeleger por pouco, Claudinei e seu partido tentam descongelar os votos angariados por Gilberto Mello (PL), ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, em uma tentativa de alterar o coeficiente eleitoral do PL e ficar com a cadeira na Assembleia Legislativa.
“Se os votos do candidato Gilberto Mello não tivessem congelados até o dia 2 de outubro, hoje eu seria o deputado formalmente reeleito, pela somatória, pela regra da sobra dos votos na legenda nossa. Então, nas sobras aí, o PL fez 160 votos a mais que o MDB. Então, se não fosse o congelamento do Gilberto hoje eu seria deputado formalmente eleito”, emendou.
Delegado Claudinei recebeu 21.317 votos. Já Juca do Guaraná recebeu 20.723 votos.