A Procuradoria da Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou um dos quatro pedidos de cassação protocolados contra o vereador Marcrean dos Santos (MDB), devido à confusão registrada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Segundo o parecer, o requerimento protocolado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) não estava acompanhado de documentos essenciais para a análise do processo, como o título de eleitor do denunciante.
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O Estadão Mato Grosso apurou que o CRM deve reapresentar o pedido, com todos os documentos que estavam faltando.
Marcrean se tornou alvo de quatro pedidos de cassação após uma confusão devido a uma confusão ocorrida no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá no dia 9 de junho. Segundo o médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira, o vereador causou tumulto na UTI, tentando dar uma "carteirada" para conseguir informações sobre uma paciente que estava em tratamento na UTI 2.
Ainda segundo o médico, Marcrean teria ameaçado telefonar para o secretário Municipal de Saúde e outras pessoas da Secretaria de Saúde de Cuiabá, na tentativa de intimidá-lo. Além disso, ele acusa o vereador de mentir para a família da paciente, dizendo que o médico estava dormindo durante seu plantão.
Na terça-feira, 18, o CRM divulgou nota de repúdio contra a atitude de Marcrean e pedindo a cassação de seu mandato por abuso de poder e quebra de decoro.
“A invasão do vereador na UTI e sua interferência direta na conduta médica representam um risco sério e real à vida dos pacientes, que necessitam de um ambiente de tratamento seguro e protegido. O CRM-MT enfatiza que ações como essa comprometem gravemente a qualidade do atendimento médico e a confiança da população nos serviços de saúde pública”, diz trecho da nota.
Após a confusão, o próprio médico apresentou um pedido de cassação contra Marcrean e registrou boletim de ocorrência sobre o ocorrido. Além dele, os vereadores Luiz Fernando (União) e Rogério Varanda (MDB) pediram a cassação do colega de parlamento. Por fim, o CRM apresentou seu pedido.
OUTRO LADO
Em entrevista recente, Marcrean negou que tenha desacatado o médico ou feito qualquer tipo de ameaças. O vereador afirmou que encontrou Marcus Vinícius dormindo em seu horário de trabalho e que pretende denunciá-lo ao CRM. Ele também afirmou que foi o médico quem agiu de forma ‘mal-educada’, se negando a fornecer informações sobre o estado de saúde da paciente.