O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, viu como positiva a presença de mato-grossenses no processo de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele comentou a possível nomeação de um mato-grossense em algum ministério da próxima gestão seria positiva para o estado, principalmente, caso seja no Ministério da Agricultura, setor carro-chefe de Mato Grosso.
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Nos bastidores, o nome do senador Carlos Fávaro (PSD) já foi cogitado para o cargo. Fávaro foi o principal aliado de Lula no estado atuando como coordenador da campanha, posição rejeitada pelo seu grupo do agro. Além deletambém é ventilado o deputado federal cassado Neri Geller (PP), que já atuou na vaga durante a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Fávaro e Neri fazem partem da equipe de transição do governo, assim como a deputada federal Rosa Neide (PT).
Botelho destacou que dois pontos a nova diretoria da Agricultura deve priorizar a discussão sobre questões ambientais e ações que barrem invasões de terras.
“O senador Carlos Fávaro com certeza vai colocar as pautas mato-grossenses que nós temos em discussões, mas o principal é o meio ambiente e as questões das invasões, não podemos mais concordar com isso. Aqui não tem mais espaço para isso. Nós temos algumas regras do meio ambiente, uma das mais rígidas que tem, então, agora combater coisas ilegais como o desmatamento ilegal, garimpo ilegal, são essenciais e devem ser mais rígidas, agora mudar as regras não tem necessidade, elas já são bem duras”, disse.
A presença de Carlos Fávaro e Neri Geller no grupo de Lula não agradou os produtores do estado. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) emitiu uma nota destacando que eles e o empresário Carlos Augustin não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília.
Os produtores decidiram que a Aprosoja/MT deverá se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), entidade que dá suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), caso Fávaro, Geller ou Augustin, sejam interlocutores.
“Seria muito bom, muito importante que fosse de Mato Grosso, agora quanto à interlocução, quando que fala aí, ora você tem que colocar alguém que é do grupo do Lula, ou o Galvan queria que escolhesse ele para ser interlocutor, para, não tem cabimento isso, falta de bom senso, isso tem que escolher alguém que é do grupo dele”, disse.