Quase todos os senadores e deputados estaduais de Mato Grosso votaram pela derrubada do veto do presidente Lula (PT) ao dispositivo que prevê o aumento de R$ 164,8 milhões no Fundo Partidário. A votação conjunta do Congresso Nacional foi realizada na noite desta terça-feira, 17 de junho. O Governo havia vetado a correção do valor do Fundo Partidário a partir de 2016 e substituído para a partir de 2023 para o aumento ser menor. Entretanto, os políticos do Congresso resolveram derrubar esse veto.
Em meio ao posicionamento dos mato-grossenses, chamou atenção o fato de que o senador Jayme Campos (União) votou em branco na apreciação do aumento do Fundo Partidário, apesar de já ter feito críticas ferozes a esse recurso nos últimos meses. Em entrevistas recentes, Jayme defendeu o fim do Fundo Partidário e chegou a falar que o Fundo Partidário se tornou um “balcão de negócios” dos partidos, enfatizando que a conta disso pesa no bolso do trabalhador.
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Em entrevista realizada em maio, por exemplo, Jayme disse que era a favor de que cada político “dê os seus pulos” para conseguir recursos para bancar suas candidaturas. Segundo o senador, campanha só com o dinheiro público significa buscar uma eleição com “o fruto do suor de milhões de brasileiros que trabalham 24 horas por dia, alguns chegam a trabalhar 16 horas, 17 horas”.
“Quem quiser ser candidato que dê seus pulos. Política se faz com diálogo, com ideias. O dinheiro público vem do suor de milhões de brasileiros que trabalham até 16 ou 17 horas por dia. É imoral gastar isso em eleição”, afirmou.
Com o veto derrubado, o Fundo Partidário terá um aumento de aproximadamente R$ 164,8 milhões, chegando a R$ 1,3 bilhão este ano. O valor é superior ao de 2024, quando os partidos receberam R$ 1,2 bilhão em recursos públicos. Esse dinheiro é usado para o pagamento de despesas cotidianas dos partidos políticos.
Segundo o Senado Federal, 5% do total do Fundo Partidário são distribuídos em partes iguais a todos os partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os demais 95% são distribuídos na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.