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Política Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 12:42 - A | A

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Abilio volta a cogitar pagar passagem para moradores de rua voltarem pra sua terra

Maiara Max

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a cogitar a possibilidade de pagar passagens para moradores de rua que queiram retornar à terra natal. Na tarde desta quarta-feira, 29 de janeiro, ele afirmou que a Prefeitura vai pagar a passagem daqueles que assim desejarem, mas ressaltou que a medida não será impositiva, descartando uma possível obrigatoriedade. A primeira vez que o prefeito cogitou a medida foi durante o período eleitoral, oportunidade em que se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público do Estado (MP-MT).

“Se a pessoa quiser voltar para casa, a gente não pode dar a passagem para ela? Lógico que pode! E é sobre isso que a gente está falando. A pessoa quer voltar para casa dela, eu posso dar a passagem para ela? Posso! E nós vamos fazer uma licitação para ter essa possibilidade de fazer isso”, explicou.

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Abilio explicou que anteriormente as pessoas criaram interpretações equivocadas, deixando claro que a Prefeitura não pretende agir de forma compulsória.

O assunto se tornou pauta durante a campanha eleitoral devido a uma propaganda veiculada pela chapa do agora prefeito Abilio Brunini (PL), na qual ele sugeria o oferecimento de passagens àqueles que quisessem voltar para sua terra ou migrar a outro estado.

Na peça publicitária, Abílio diz que – caso eleito - irá tirar aquelas pessoas da rua. Em dado momento, o candidato diz que, se o morador quiser, vai lhe fornecer passagem para onde ele quiser ir. “Pra onde você [pessoa em situação de rua] quiser ir. A gente vai dar a passagem pra você ir onde você quiser ir e a gente dá oportunidade pra se tratar quem quiser se tratar”.

A fala do prefeito não soou bem ao Ministério Público Estadual (MP-MT), que o acusou de promover aporofobia (aversão aos pobres), o documento foi assinado pelo procurador de Justiça José Antônio Borges, da Procuradoria de Defesa da Cidadania, Consumidor, Direitos Humanos, Minorias, Segurança Alimentar e Estado Laico.

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