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Polícia Segunda-feira, 11 de Outubro de 2021, 11:41 - A | A

Segunda-feira, 11 de Outubro de 2021, 11h:41 - A | A

NO PARAGUAI

Seis são presos acusados de participar de chacina

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Seis brasileiros foram presos na manhã desta segunda-feira (11), suspeitos de participar da chacina que vitimou quatro pessoas no Paraguai, entre elas a estudante de medicina, natural de Cáceres (220 km de Cuiabá), Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, morta com 10 tiros. A ação contou com policiais brasileiros e paraguaios.

Segundo informações de sites locais, os homens estavam em um sobrado alugado quando foram surpreendidos pelos policiais. São eles: Hywulysson Foresto, Juarez Alves da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes. 

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Segundo a polícia, apesar de não ter sido encontrado armas com o bando, um dos celulares apreendidos foi identificado pelas imagens da caminhonete como sendo utilizado durante o tiroteio.

No último, 10 de outubro, uma perseguição que envolveu policiais paraguaios e brasileiros, resultou na prisão de um suspeito. Um veículo, que pode ter sido utilizado nas execuções de sábado, também foi apreendido.

A polícia paraguaia informou que precisou dar “tiros intimidadores” para prender um dos suspeitos, que não teve a identificação divulgada. O restante conseguiu fugir.

No domingo a polícia paraguaia encontrou uma caminhonete Toyota Hilux de placa de Bauru (SP) incendiada, que pode ter sido utilizada no ataque. O veículo foi encontrado em uma estrada vicinal da Colônia Virgem de Caacupé, cerca de 10 km de Pedro Juan Caballero.

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Tiroteio e mortes

Quatro pessoas foram mortas na saída de uma casa noturna em Pedro Juan Caballero, na madrugada do último sábado, 09 de outubro. As vítimas morreram com mais de 60 tiros de fuzil.

Além de Rhannye, também morreram Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador de Amambay, no Paraguai; Osmar Vicente Álvarez Grance, de 29 anos, conhecido como "Bebeto"; e mais uma brasileira Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos, natural de Dourados-MS.

Outra execução

A Polícia suspeita que a chacina esteja ligada a outra execução que aconteceu horas antes, na cidade de Ponta Porã. Trata-se da morte do vereador Farid Charbell Badaoui Afif, de 37 anos. Ele foi executado na tarde de sexta (8) enquanto andava de bicicleta. Pouco antes, ele havia publicado um vídeo nas redes sociais avisando que passaria em algumas repartições públicas. Segundo a Polícia Civil, o assassino do vereador estava em uma motocicleta e portava uma pistola calibre ponto 45.

Envolvimento PCC

Osmar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, uma das vítimas do tiroteio foi apontado como o dono de uma lavanderia onde 14 integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram presos este ano. As informações são do colunista Josmar Jozinho, do site UOL.

Na ocasião, um dos detidos era Weslley Neres dos Santos, 35, o Bebezão, um dos chefes do PCC na região da fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A prisão do grupo ocorreu em março deste ano, durante uma operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai.

A fronteira entre Brasil e Paraguai vive dias tensos nos últimos meses, principalmente após o PCC montar um quartel-general com 174 homens entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, segundo a Polícia Federal brasileira.

Depois das mortes neste final de semana, o PCC compartilhou uma nota nas redes sociais, informando que a organização não tem nada a ver com a chacina.

No comunicado, a facção afirma ainda que nenhuma das vítimas era membro do PCC e que eles não compactuam com a morte de pessoas inocentes.

“Nós, do Primeiro Comando da Capital, viemos deixar ciente: o crime em geral, as autoridades governamentais e todos os veículos de comunicação mundial, que nós não temos nenhuma participação ou autorização nas mortes ocorridas nesta data, e que também o único homem do incidente não é integrante da nossa organização”, diz um trecho.

A Polícia Nacional do Paraguai, continua investigando o caso.

Veja Vídeo:

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