Novo Cangaço, feminicídio, homicídio, abuso sexual infantil, "Rapunzel do Crime", "Loira da Federal", Viúva Negra, estão entre os casos que mais marcaram o ano em Mato Grosso. Esse foi também um ano em que as páginas policiais ganharam destaques nos mais variados meios de comunicação, principalmente na internet, onde a informação está a um clique.
Desde o início do ano, esses casos movimentaram o meio policial e ganharam as redes sociais e o compartilhamento em massa. Um dos primeiros casos registrados e que ganharam as redes foi o assalto estilo novo cangaço, no município de Nova Bandeirantes (996 km de Cuiabá), em junho deste ano, no qual um bando fortemente armado assaltou simultaneamente duas cooperativas de crédito.
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Na ação, os bandidos levaram cerca de R$ 800 mil, desse total, R$ 573 mil foram recuperados, além de fazer 10 pessoas de escudo humano durante a fuga. Nas redes sociais, vários vídeos se tornaram virais, mostrando o terror vivido por moradores.
No total 22 homens participaram do considerado maior assalto dos últimos 10 anos. Desses, 9 morreram em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), 5 estão presos, 4 respondem em liberdade e 4 continuam foragidos.
Outro assunto que chamou a atenção foi Mato Grosso ter o maior numero de feminicídios do país, segundo o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Dados da Superintendência do Observatório de Segurança Pública de Mato Grosso em 10 meses, 78 mulheres foram mortas.
Recentemente dois casos chocantes foram o da técnica de enfermagem Franciele Robert da Silva, 33 anos, morta a facadas na frente da filha de 12 anos, no dia 05 de dezembro, no bairro Jardim Glória I, Várzea Grande. E o de Ana Paula Pedro Ribeiro, 41 anos, também brutalmente assassinada com 31 golpes de facas, na madrugada do último dia 12, no bairro São Francisco em Cuiabá. O corpo dela foi encontrado pela filha de 21 anos. Ambas foram mortas pelos seus respectivos ex-maridos.
Em setembro, a morte do assistente social Rodolfo Silva da Costa, 29 anos, encontrado quase sem vida por populares que passavam por uma via de acesso, próximo à Avenida Jaques Brunini, região do Grande Terceiro, também chocou. O jovem era homossexual e o crime foi tratado como possível homofobia no início. Porém, durante as investigações da Polícia Civil, foi apontado que Rodolfo morreu após brigar com uma jovem de 18 anos que estava bebendo na conta de seu amigo. A briga acabou partindo pra agressão física e, após ser gravemente ferido, Anderson foi abandonado no meio da rua. Ele faleceu após três dias internado.
Outro caso recente que causou revolta na população mato-grossense, foi o da criança Maria Vitória Lopes dos Santos, de 2 anos, que morreu 4 dias após ser internada em um Unidade de Terapia Intensiva Infantil, em Várzea Grande. A criança morreu decorrente a crimes de maus-tratos e abuso sexual causado pelo tio materno, no município de Poconé (101 km de Cuiabá), que a fazia dançar nua em sua frente para ganhar alimento e satisfazer seus desejos repulsivos. Em depoimento, a mulher do suspeito - que também foi detida à época - disse que Maria era abusada sexualmente pelo tio ao menos duas vezes na semana.
Mas nem só de notícias ruins se mantém um caderno de polícia. O caso da jovem Larissa de Campos Barros, de 25 anos, que tentou contra a própria vida por não ter condições de alimentar os cinco filhos, terminou com a sociedade contribuindo em uma corrente do bem para ajudar.