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Polícia Segunda-feira, 04 de Outubro de 2021, 07:00 - A | A

Segunda-feira, 04 de Outubro de 2021, 07h:00 - A | A

GOLPES NA INTENET

Número de crimes de estelionato cresce 77% de janeiro a agosto

Mak Lucia

Repórter | Estadão Mato Grosso

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020, a rotina de compras dos brasileiros mudou completamente. A população se viu obrigada a migrar para um mundo totalmente virtual. Mas ao passo que a tecnologia avança, os crimes de estelionato também crescem.

De acordo com dados da Superintendência do Observatório de Segurança da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) em Mato Grosso de janeiro a agosto desse ano, já foram mais de 2.960 casos de golpes aplicados por meio digital, um aumento de 77% se comparado com o mesmo período de 2020, que somavam 1.677.

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A dentista Gilseandra Mattos, teve o número do consultório clonado após um paciente dizer que a ela estava sorteando um celular. 

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“Foi um susto, ainda mais porque o número do consultório é uma linha empresarial que está no meu nome, pensa no transtorno que tivemos, eu até tentei entrar em contato com o golpista que estava utilizando o número do consultório, porém sem sucesso, foi estressante quando tentei bloquear a linha na operadora, uma burocracia sem fim. Avisei meus pacientes que o número foi clonado e registrei um BO, mas, para minha decepção disseram ser comum e que não podiam fazer nada”, disse ela, que depois de muitas tentativas conseguiu recuperar a linha.

A clonagem do WhatsApp é responsável por 27% das ocorrências registradas em Mato Grosso, por isso as pessoas precisam ficar atentas, proteger os dados e desconfiar de qualquer mensagem que chegue pedindo um código. Nesses casos, os criminosos enganam os usuários para obter esse código de verificação. Dessa forma, quando fornecido, o bandido passa a ter acesso à conta do WhatsApp da vítima  e fica livre para a aplicação de golpes.

Já a nutricionista Graziela Oliveira se tornou vítima ao fazer uma pesquisa na internet para ela ser outra vítima de celular clonado. Ela acessou um post numa rede social e foi redirecionada a uma conversa no aplicativo. Lá, era necessário que passasse seu contato telefônico e, em seguida, o código encaminhado via SMS.

“Na época eu desconfiei haver sido vítima de um golpe, mas só tive a certeza depois que verifiquei a página da empresa que enviou mensagem no direct, era diferente da página original. O nome e a foto do perfil eram iguais, mas o conteúdo era outro. Apesar de ser muito atenta às coisas nas redes sociais, por um deslize eu caí no golpe”, disse a profissional.

A superintendente do Observatório de Segurança Pública, Tatiana Pilger, reafirma a tese de que a pandemia foi um dos fatores que fizeram com que o número de estelionato crescesse no estado.

“Com a redução da circulação das pessoas e com o aumento das transações financeiras pela internet, e em muitas ocasiões pelo WhatsApp. É preciso ficar em alerta e proteger os dados, não transferir dinheiro sem antes checar com a pessoa, não fazer pagamento sem confirmar o destinatário do boleto, assim como, ter cuidados em sites e nas redes sociais”, pontuou a superintendente.

Como se cuidar

O primeiro passo é nunca passar os dados pessoais a ninguém, assim como não repassar nenhum código fornecido por SMS e nem qualquer outra informação suspeita. Desconfie de preços muito abaixo do valor de mercado. 

Outra alternativa para se evitar cair nos golpes, é ter muito cuidado com e-mails de promoções que possuam links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site, em que não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa confiável. 

No caso de aplicativos como WhatsApp e Instagram, que costumam ser clonados, é importante adotar a autenticação de dois fatores ou de duas etapas. É um procedimento simples que, se ativado, exigirá, além do código de ativação, mais uma senha para acesso da rede social em outro aparelho ou na web.

Onde denunciar

A vítima que cair neste golpe de estelionato, pode recorrer à Delegacia Especializada de Estelionato e outras fraudes, localizada no interior da 3.ª Delegacia de Polícia, na avenida Dante Martins de Oliveira, s/n, bairro Planalto, em Cuiabá, ou por meio do telefone (65) 3901–4246.

Ou ainda se preferir o cidadão pode registrar a ocorrência pela delegacia virtual pelo site: https://portal.sesp.mt.gov.br/delegacia-web/pages/home.seam. Outra alternativa é site: e-denuncias: https://portal2.sesp.mt.gov.br/e-denuncias  

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