Fernando Raphael Oliveira, presidente da Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) prestou depoimento na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) na manhã desta terça-feira (04), e detalhou o que presenciou na cena do crime e disse que foi chamado para ir ao local, por uma terceira pessoa e não pelo empresário dono da residência.
Após prestar depoimento de pouco mais de três horas, Raphael falou com a imprensa e disse que não chegou na casa do empresário antes da polícia, e sim duas horas após o crime. O presidente disse que foi até o local do crime que tirou a vida de Isabele Guimarães Ramos, 14, por conta de envolver atletas da federação.
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“Estive na casa, pelo o fato de ser presidente da federação de tiro e o fato estar envolvendo atleta de tiro. Eu como presidente deveria estar lá, assim como presidente da OAB vai quando tem algum advogado que é preso ou faz alguma coisa de errado e eu como presidente de uma associação tenho que dar suporte a meus atletas”, detalhou sobre a sua ida na casa do empresário onde Isabele foi morta.
Na entrevista que durou pouco mais de meia hora, o presidente da FTMT explanou que um outro atleta que mora no Alphaville ligou para ele e falou do incidente que aconteceu na residência do empresário. Quando chegou no condomínio Raphael revelou que procurou o delegado Olímpio Fernandes e se dispôs a esclarecer qualquer dúvida referente a legislação de tiro.
Raphael também disse que chegou duas horas e vinte após o acontecido. O presidente detalhou que a FTMT tomou os procedimentos administrativos que devem ser tomados durante um episódio de crime envolvendo atletas.
“O empresário mesmo pediu para que fosse desligado da federação até a apuração dos fatos. A federação de imediato, consta no estatuto que qualquer infração de atleta ele é imediatamente suspenso. Ele está suspenso de campeonatos, não pode emitir declarações, e não pode ter nada, bem como o Exército Brasileiro suspendeu o CR dele também”, revelou Raphael.
Além do empresário, a sua filha de 14 anos autora do disparo também foi desligada da federação, bem como toda a família que é investigada e também o namorado da adolescente que levou a arma escondida até o local do crime.
Em relação a declaração da mãe de Isabele, sobre a livre circulação de arma na residência do empresário, o presidente narrou que a FTMT não poderia interferir em ações fora do stand de tiro.
Para finalizar, Raphael disse que esteve no local simplesmente para defender o esporte e evitar possíveis manchetes que denigram a imagem do tiro desportivo.
"Nomes dos envolvidos preservados em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)"