Não é apenas o Brasil que vive uma crise energética. A ameaça é global e bate à porta das maiores nações do planeta com feições diferentes. No Brasil, o problema é a falta de água e o preço dos combustíveis. Na Europa, a possibilidade de um inverno mais rígido e o baixo estoque de gás natural. Enquanto isso, a China apaga as luzes e fecha suas fábricas por problemas com o suprimento de carvão. A soma de todos esses fatores causa uma série de efeitos negativos que ameaça a recuperação econômica mundial.
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A energia é base de toda atividade econômica. Sua escassez afeta desde a produção de alimentos até a fabricação de componentes e produtos acabados. Por isso, um choque de energia é visto com muita preocupação em todo o globo, alimentando os temores de inflação global. O preço do gás, por exemplo, já subiu 250% este ano na Europa e 180% nos Estados Unidos. Esses aumentos puxam outros, como o preço do petróleo e do carvão.
Para o Brasil, a crise energética da China é um problema em especial e já é sentido no setor primário. Defensivos agrícolas e vários tipos de fertilizantes amplamente utilizados na agricultura de larga escala dependem de combustíveis derivados de petróleo para serem fabricados. Para piorar, o apagão nas fábricas chinesas ameaça a produção de fertilizantes fosfatados e o gigante asiático prefere atender seu mercado interno do que seguir exportando uma matéria prima que lhe é tão cara.
Enquanto o agro enfrenta dificuldades para conseguir fertilizantes, o setor de mineração vê as cotações caírem no mercado internacional, já que o apetite do dragão asiático encolheu. Para piorar, o país ainda deve sofrer problemas na cadeia de suprimentos, já que a maior parte dos componentes básicos utilizados nos poucos produtos industrializados brasileiros são provenientes da China.
Em outra frente, o mundo continua a enfrentar uma conjuntura de preços elevados e valorização do barril de petróleo, o que tende a afetar a economia brasileira devido à política de preços da Petrobras. O preço atual dos combustíveis, que já está elevado para os consumidores, pode sofrer novos reajustes à medida em que o petróleo mantém sua escalada de preços. No dia 28 de setembro, o petróleo do tipo Brent atingiu a marca de US$ 80 por barril, com tendência de mais aumento. Só nesta quinta, 7 de outubro, subiu mais 1,33%, fechando o dia a US$ 82,41.
As causas e efeitos dessa crise energética são tão difusas que é difícil prever até quando ela durará. É tudo o que não precisamos, pular da panela para o fogo.