Considerado o líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, foi retirado do Raio 8 da Penitenciaria Central do Estado (PCE) no último dia 16 de abril. Agora, ele será transferido para uma cela comum. A decisão é do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi proferida no dia 16 de abril.
O Raio 8 da PCE é o espaço de maior segurança dentro do principal presídio de Mato Grosso, para abrigar os presos considerados perigosos. Sandro Louco estava no Raio 8 há mais de um ano.
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“Feitas essas considerações, levando-se em consideração que a transferência para a cela mais rigorosa ultrapassa 01 (um) ano e não se tem notícias de incidentes ou atuação temerária dentro do ergástulo público, revogo a inclusão do acusado Sandro Silva Rabelo no “Raio 08” da Penitenciária Central do Estado, salvo se existirem decisões de outros juízos em sentido contrário”, decidiu.
Para sustentar a decisão, o magistrado explicou que Sandro Louco não cometeu crimes dentro ou fora da cadeia durante o tempo em que esteve preso no Raio 8.
“Demais disso, ainda sem exame exauriente das provas colhidas durante a instrução processual, não se destacaram indícios de aplicação direta dos valores ocultados ou dissimulados na prática de outros crimes violentos ou fomento de outras atividades da facção criminosa”, explicou.
Em outro momento, a defesa já havia tentado retirar Sandro do Raio 8. No entanto, como Sandro Louco é apontado como o líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, o pedido havia sido negado pela Justiça.
Apesar de determinar a transferência para uma cela comum, o juiz Jean Garcia Bezerra deixou claro na sentença que o juiz responsável pela Vara de Execuções Penais poderá manter Sandro Louco no Raio 8, caso considere que é imperativo para a garantia da segurança pública.
“De toda a sorte, diante do sobredito histórico criminal e eventuais incidentes ocorridos no cumprimento da pena, poderá o juízo da execução penal, detentor de um espectro mais amplo, decidir sobre a inclusão do acusado no aludido “Raio 08”, acaso vislumbre interesse da administração penitenciária ou segurança pública”, finalizou.
