A tradicional Festa do Senhor Divino Espírito Santo, celebrada pela Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, foi proposta para ser oficialmente instituída no calendário de eventos do município. O projeto de lei foi apresentado pela vereadora Katiuscia Manteli (PSB) em reconhecimento à importância histórica e cultural da festividade, na sessão ordinária desta quinta-feira (22).
“Essa data já consta no calendário do estado, e no municipal ela está territorializada no bairro Dom Aquino. Por isso, a pedido de nosso imperador Paulo César e de nossa imperatriz Leila Malouf, ingressamos com esse projeto”, justificou a vereadora.
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A inclusão da festa no calendário oficial é um marco para a capital mato-grossense, que há quase dois séculos celebra essa manifestação de fé e cultura, com raízes que remontam aos tempos do Brasil Império. O baile do Senhor Divino de 2025 será realizado no dia 6 de junho.
“Estivemos no último sábado na casa de nossa amiga Enil Moraes e auxiliamos na confecção de bandeirolas e dos porta-velas para a procissão, para esse momento tão importante de fé e devoção”, completou a vereadora.
Para a parlamentar, a aprovação desta lei irá reforçar o reconhecimento da relevância cultural e religiosa do evento para o povo cuiabano. “A celebração, que mobiliza centenas de pessoas anualmente, simboliza para os cristãos a Santíssima Trindade – o amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”, comenta a vereadora.
Em Cuiabá, a Festa do Divino possui uma rica história. Nas primeiras décadas do século passado, a cidade chegou a ter duas celebrações distintas, uma no bairro do Porto e outra na Catedral. Em meados da década de 1930, as festas foram unificadas, e ainda hoje, na memória dos cuiabanos mais antigos, resistem as imagens dos festejos que ocorriam no Campo d’Ourique.
O historiador Rubens de Mendonça registrou que a Festa do Senhor Divino já era realizada na Capital em 1829, o que demonstra sua profunda e duradoura ligação com a sociedade cuiabana, consolidada há 196 anos. O PL segue agora para as comissões e, na sequência, para a apreciação em plenário.
